A SuperSim, fintech de crédito focada na inclusão financeira das classes C e D por meio de pequenos empréstimos, acaba de concluir sua rodada de investimento série A, que contou com a participação de investidores novos e já existentes, sendo liderada pelo fundo de venture capital IDC Ventures, levantando mais de R$ 25 milhões.
Segundo os sócios da empresa, o valor será usado para o crescimento da carteira de crédito, aumento de equipe e desenvolvimento da plataforma tecnológica e de novos serviços. Recentemente, a fintech também levantou a quantia de R$ 136 milhões por meio de uma captação FIDC (Fundo de Investimento em Direitos Creditórios), estruturada pela Milênio Capital, que contou com a participação de investidores renomados do mercado financeiro nacional.
“O investimento série A é um componente fundamental do nosso plano estratégico de nos tornarmos um player relevante no Brasil, que é um dos mais interessantes mercados de empréstimo pessoal em todo o mundo”, aponta o sócio e chairman da empresa, Daniel Shteyn. Ele ressalta que a SuperSim não é apenas uma simples concessora de empréstimos pessoais. “Nossa missão é permitir a inclusão financeira para milhões de brasileiros chamados de ‘sub-bancarizados’. Construímos um negócio que engloba escala de operação, sustentabilidade, lucratividade e uma missão social, com benefícios tangíveis. Ajudamos os clientes ‘non-prime’ a acessar o crédito, e assim conseguimos construir um histórico de adimplência, possibilitando que ele consiga empréstimos maiores com o tempo”, explica Shteyn.
O mercado de empréstimos no Brasil
A SuperSim atingiu em novembro seu recorde em empréstimos concedidos em um único dia, mais de 5 mil. De acordo com Shteyn, em breve a empresa representará 10% do mercado de crédito ‘non-prime’ para pessoas físicas, o que representa aproximadamente 1% de todo o mercado de empréstimos pessoal brasileiro.
O CEO e co-fundador da SuperSim, Antonio Brito, lembra que o rápido crescimento da fintech no mercado de microcrédito tem relação com seus diferenciais competitivos, além da capacidade de identificar a necessidade dos clientes. “Toda startup está em um negócio para encantar o cliente, quer ela saiba disso, quer não. Para o nosso cliente, o ponto essencial é ter o empréstimo aprovado, mesmo sendo uma pessoa sub-bancarizada, de baixa renda ou estar com registro em órgãos de proteção de crédito. Contudo, a SuperSim criou um eficiente sistema de controle de risco, aprovando mais solicitações do que qualquer outra empresa que atua neste mercado. Conseguimos fazer por meio da tecnologia que viabiliza, por exemplo, o aparelho celular do tomador como garantia para o empréstimo. Esta é a razão pela qual temos lucratividade apenas dois anos após a fundação da empresa”, conta Brito.
O valor dos empréstimos concedidos atualmente varia entre R$ 250 e R$ 2,5 mil, com taxas de juros competitivas em relação aos principais cartões de crédito, aos quais o cliente da SuperSim não têm acesso. Os juros ficam menores conforme o tomador prove sua capacidade de pagar.
O novo modelo de empréstimo pessoal
Hoje, boa parte das concessões utiliza o aparelho celular dos clientes como garantia. Esta é uma modalidade na qual a empresa foi líder e que permite, entre outras coisas, aprovação de pessoas com o nome negativado.
A empresa estima que, atualmente, há mais de 100 milhões de brasileiros sem acesso a serviços financeiros por conta do seu histórico de crédito ou devido a um nível de renda baixa. “Temos muito orgulho do nosso time de mais de 150 profissionais, que trabalham muito todos os dias para levar inclusão financeira por meio da concessão de microcrédito para milhões de pessoas sub-bancarizadas”, finaliza Shteyn.
Para Rodrigo Rodas, sócio da IDC Ventures, a equipe de fundadores está construindo algo único, que combina tecnologias inovadoras com expertise no mercado de crédito brasileiro. “Esta rodada de financiamento é o primeiro passo para cumprir a missão da SuperSim, de fornecer acesso ao crédito a milhões de brasileiros”, disse Rodas.
Gustavo Ahrends, sócio da Milênio Capital, reforça que o mercado local de empréstimos pessoais está passando por mudanças rápidas e a companhia tem o compromisso de apoiar mentes brilhantes que estão reformulando a forma como as pessoas acessam o crédito. “O microfinanciamento é um serviço valioso prestado àqueles que estão com dificuldades de acesso ao crédito ou tem baixa renda e que, de outra forma, estariam sem crédito. A SuperSim permite que os clientes tenham acesso a pequenos empréstimos com segurança e com o objetivo de ampliar suas condições de crédito ao longo do tempo, criando assim uma inclusão financeira que funciona na prática”, conclui Ahrends.
* Foto de destaque: Antônio Brito, CEO da SuperSim, Rômulo Coutinho, CTO e Daniel Shteyn, sócio e chairman da fintech.
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