A Assembleia Geral das Nações Unidas (ONU) adotou, na última quinta-feira (21), a primeira resolução global sobre inteligência artificial por consenso de todos os seus 193 membros, com o objetivo de assegurar que a tecnologia crie um mundo mais seguro e equitativo.
O texto foi proposto pelos Estados Unidos e contou com 123 países patrocinadores, de diversos níveis de desenvolvimento.
Estratégias da resolução da ONU
A representante permanente dos Estados Unidos na ONU, Linda Thomas-Greenfield, afirmou que a decisão representa a “escolha de governar a inteligência artificial ao invés de deixá-la nos governar”. Ela ressaltou que a aprovação unanime significa que todos os membros das Nações Unidas falaram “em uma única voz”. A embaixadora ressaltou a importância de sistemas de inteligência artificial seguros e confiáveis para “avançar o desenvolvimento sustentável e o respeito às liberdades fundamentais”.
Segundo Linda Thomas-Greenfield, a resolução reconhece que os riscos e benefícios da IA tem o potencial de afetar a todos e por isso estabelece responsabilidade compartilhadas na criação de bases para que os sistemas de IA “não deixem ninguém para trás”.
A resolução afirma que é preciso fechar a lacuna digital entre e dentro dos países para que todos se beneficiem da nova tecnologia. Além disso, o texto ressalta que ninguém deve usar a IA para prejudicar a paz ou reprimir direitos humanos.
A representante dos Estados Unidos defendeu que a ONU desempenhe um papel na governança da IA por ser um tema “existencial”. Ela afirmou ainda que considera que a tecnologia traz um número enorme de ameaças, mas um número ainda maior de oportunidades, incluindo para detecção de doenças e previsão de desastres naturais. O texto aprovado tem como meta ampliar estes benefícios e criar outros.
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