Por Bruna Galati
Até meados de 2022, especificamente por conta do advento da pandemia, foi possível observar um grande movimento das empresas relacionado ao investimento em tecnologia, que se tornou mandatório para a sobrevivência no mercado.
Porém, esta não é mais a realidade do momento, uma vez que as organizações passaram a pensar mais em inovação à luz de seu ROI (Retorno Sobre o Investimento), apostando em projetos que de fato gerem eficiência, ou seja, redução de custos e aumento de produtividade.
Neste sentido, o interesse em maior eficiência operacional foi um dos tópicos detectados na pesquisa IT Trends Snapshopt 2023, da Logicalis, realizada com 123 executivos no Brasil, indicando que 54% dos respondentes apontaram o tema como líder entre as prioridades de negócios. Mas como investir em projetos que tragam eficiência? Para responder essa pergunta, o Startupi conversou com Cleyton Leal, Líder de Serviços de Aplicativos da SoftwareOne, provedora global de soluções de ponta-a-ponta para softwares e tecnologia de nuvem.
Desafio de aplicações legadas nos negócios
Segundo o especialista, a grande tendência do momento está no investimento em projetos de automação e dados. No entanto, para tê-los, é necessário contar com uma infraestrutura adequada, e isto implica nas aplicações.
“Quando um ambiente conta com aplicações antigas, há problemáticas constantes relacionadas a integrações de dados, pois não é possível utilizá-los para otimizar a tomada de decisão. Além disso, aplicações obsoletas tendem a contar com manutenções mais difíceis, demandando muito mais esforço. Desta forma, as empresas perdem tempo requerendo muita infraestrutura para suportar ambientes diferentes, o que exige equipes maiores e, consequentemente, aumenta os gastos”, explicou.
Por outro lado, Cleyton explica que quando uma empresa conta com aplicações modernas, passa a automatizar todo esse processo, além de garantir maior nível de integração. Portanto, modernizar as aplicações significa gerenciá-las de forma inteligente, contar com excelente telemetria, maior monitoramento e, ainda, recuperação de desastres facilitada.
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Aplicações ágeis necessitam de equipes ágeis
Atualmente, não basta contar apenas com aplicações modernas lembra Cleyton. É preciso transformar a maneira em que as empresas gerenciam as entregas, operando de forma ágil. “Passa a ser necessário investir na capacitação dos times para que tenham o conhecimento técnico e funcional dos modelos ágeis, que se caracteriza por uma operação mais leve, autônoma, eficiente e madura. Logo, as companhias precisam também modernizar os seus times, transformando a sua cultura por meio de uma estratégia efetiva a fim de potencializar todos os benefícios que a tecnologia pode promover”.
ROI x modernização de aplicações
Antes de mais nada, Cleyton explica que é preciso refletir se a modernização vale a pena para o negócio, do ponto de vista de custos, eficiência, bem como da complexidade para mantê-la e dos riscos durante a jornada. “Daí a importância de contar com parceiros que entendam o que faz sentido modernizar, analisando, por meio de um assessment, e acessando todas as aplicações para avaliar o valor que será agregado ao negócio e a condição técnica, para então sugerir a estratégia correta para a aplicação”.
Leal enfatiza que modernizar as aplicações requer um alto investimento. “A longo prazo, traz retorno sobre ele, uma vez que ao implementá-la, é possível reduzir os custos (porque os testes são automatizados) e estabelecer uma esteira de desenvolvimento ágil, aumentando a excelência operacional e a produtividade do time”.
Além disso o especialista completa que, o fato de reduzir os riscos por meio da modernização, ganhar maior rapidez, qualidade e flexibilidade, transforma o negócio, favorecendo o lançamento de novas funcionalidades e, possivelmente, aumento de receita e lucro. Entendendo esses conceitos, moderniza quem realmente quer investir na experiência do cliente e gerar competitividade.
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