* Por Fabiano Nagamatsu
Como um dos maiores adeptos da gamificação, posso falar que ela é um dos mecanismos mais eficientes para aumentar o engajamento e a produtividade de funcionários em uma empresa. Trabalho com ela há vinte anos e já publiquei mais de trinta artigos científicos sobre o tema – o que demonstra meu profundo interesse no assunto.
Existe um grande desentendimento quando falamos em gamificação. Os jogos de entretenimento são as primeiras imagens que vêm à mente de quem ouve. Mas estamos nos referindo a algo diferente. Gamificação é o termo usado para a aplicação de métodos de jogos para diferentes objetivos.
No caso de startups, esses métodos podem ser usados tanto internamente quanto para engajar seus clientes em suas soluções, de várias formas. Utilizando a mesma mecânica de storytelling e bonificações, prêmios para quem completa desafios, é possível tornar o cotidiano mais interessante. Isso é muito útil para criar seguidores para sua marca, ou seja, formar comunidades de fãs.
No âmbito da gestão de pessoas, é possível aumentar a produtividade com um sistema gamificado que traga benefícios para os colaboradores que completarem tarefas mais rápido, por exemplo – sem perder a qualidade, claro.
Esse tipo de estratégia pode aumentar as vendas da sua empresa sem que os gestores precisem cobrar metas dos funcionários de forma incisiva e muitas vezes, desagradável. O clima da organização agradece, e muito. Porque tudo se torna mais lúdico e divertido.
Se o clima organizacional é melhor, seus colaboradores ficam mais disponíveis, querendo trabalhar mais para entregar os resultados que trarão retorno imediato a eles. A gamificação também pode ser usada como ferramenta para feedbacks e na aprendizagem prática, vivencial.
O termo “gamificação” foi cunhado em 2002, pelo programador e inventor britânico, Nick Pelling. Sua ideia era que conceitos e mecânicas do mundo dos games poderiam ser aplicadas a contextos do mundo real e motivar as pessoas a resolverem problemas. Ideia essa, mais do que comprovada. A técnica tem sido cada vez mais usada por organizações no mundo todo.
Startups já tem a inovação e criatividade no seu DNA. Por isso, não é difícil imaginar que muitas delas utilizem a gamificação nas suas estratégias internas e externas. Mas nada impede que empresas tradicionais também usem dessa técnica para melhorarem seus processos.
De forma bem simples, para estabelecer uma boa gamificação para atingir seus objetivos, existem três pilares. Primeiro, é preciso criar regras claras para o jogo. Essas regras precisam obedecer padrões para alcançar metas específicas.
E por último, é importante haver um ambiente lúdico para engajar os participantes. Dessa forma, é possível criar uma atmosfera de competição saudável para os jogadores, que gostam de ser desafiados, tenham seu melhor desempenho para vencer.
Fabiano Nagamatsu é cofundador da Osten Moove, aceleradora indicada no Startup Awards, Conselheiro na Osten Invest e Osten Games, e Alumni e mentor de negócios no InovAtiva Brasil, maior programa de aceleração de startups da América Latina, indicado dois anos consecutivos entre os 3 mais influentes em mentoria e investimento do Startup Awards 2019, iniciativa da Abstartups, e finalista como mentor do ano em 2020, 2021 e vencedor do prêmio em 2022.
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