Uma das maiores dificuldades para mulheres empreendedoras é o acesso a captação de recursos para seus negócios. Com o objetivo de diminuir essa lacuna no mercado, o Sororitê foi criado em abril de 2021 e desde então já intermediou aportes financeiros que ultrapassam a casa de R$ 3 milhões para mais de 10 startups fundadas ou lideradas por mulheres.
Alinhado ao propósito do grupo, a femtech Herself, uma das pioneiras na criação da primeira calcinha reutilizável para o ciclo menstrual e na cocriação do biquíni menstrual com tecnologia própria para performance na água, acaba de receber um aporte de rodada pré-seed com o objetivo de acelerar o crescimento da marca e vendas. O valor não foi divulgado.
Fundada por Raíssa Assmann Kiss e vencedora do reality show da Netflix Idéias à Venda na categoria moda, a empresa tem planos de investir em branding e na expansão do e-commerce, principal canal de venda para a marca. A Herself é certificada como uma empresa B, ou seja, é reconhecida por trabalhar não só em prol de fins lucrativos, mas de impacto social positivo: “Buscamos levar a dignidade menstrual por meio de produtos tecnológicos, além de promover educação e ações que causam impacto verdadeiro na vida das pessoas”, comenta a fundadora, Raíssa Assmann Kiss.
Para a fundadora do Sororitê, Flávia Mello, este aporte reflete os objetivos do grupo em estreitar os caminhos entre fundadoras de startup e investidoras ao democratizar o assunto para mais mulheres que tenham a intenção de investir em venture capital.
“Aumentando a diversidade do lado de quem toma decisões sobre os investimentos, consequentemente, aumentamos o fluxo de capital para essas fundadoras. Além de inúmeras pesquisas que comprovam isso, nossa experiência nos mostra exatamente essa realidade. O que buscamos no Sororitê é fazer parte da história de empresas como a Herself que tem uma proposta de valor validada para a solução de um problema real de cerca de 60 milhões de mulheres que menstruam em nosso país”, diz Flávia.
Recentemente, o grupo de investimento bateu um recorde com o aporte de R$ 833 mil para a agritech Muda o Meu Mundo, que já atende os estados de São Paulo e do Ceará, conectando pequenos agricultores com redes varejistas de alimentação – como Pão de Açúcar, um de seus clientes – por meio da tecnologia. O Sororitê faz investimentos apenas em empresas que tenham pelo menos metade de mulheres em seu time de fundadores ou que sejam lideradas por uma mulher.