* Por Cristovão Wanderley
A frase do título poderia ser antiga, mas ela é mais atual do que nunca. Afinal, o mundo vem se transformando de forma ligeira e se não fosse pela tecnologia não conseguiríamos acompanhar e muito menos reinventar nossos negócios.
Ela aparece em um estudo recente realizado pela Korn Ferry, Futuro do trabalho – tendências de talentos 2022, que traz revelações e tendências importantes sobre o papel da liderança, a razão do avanço da diversidade, como se adequar a isso e como as empresas, independentemente do tamanho, vão lidar com todas essas novidades guiadas, sobretudo, pela transformação digital.
Nas novas estruturas organizacionais, a liderança estará no topo da pirâmide com a responsabilidade de conduzir processos, governança, estratégias de bem-estar, estruturar os novos cenários e estabelecer uma cultura organizacional mais inclusiva. Por isso, ganhou um novo nome: liderança consciente!
Isso ocorre porque os colaboradores estão mais conscientes sobre seus papéis e direitos, e as organizações que querem sobreviver e prosperar precisarão responder à altura. Para que isso não vire uma ameaça e sim uma força conjunta, empresas e líderes deverão olhar além das metas financeiras para considerar as necessidades das pessoas.
É necessário, então, tentar garantir que todos façam parte e se sintam conectados uns aos outros e ao propósito da empresa, mesmo diante dos novos desafios do trabalho híbrido, remoto e presencial. Este é um propósito que virou realidade muito rapidamente e que só terá um futuro próspero se pessoas, processos e tecnologia andarem juntos.
Tecnologia a serviço de um crescimento transformador
Se nos dois últimos anos tivemos que nos reinventar de forma não planejada, em 2022 isso se tornará intencional. Para tanto, será necessário alinhar estratégia, propósito e a cultura da empresa.
Com esses pilares bem-definidos, o próximo passo é usar a tecnologia como aliada, a fim de construir processos e negócios que nos permitam crescer e se transformar.
Alguns exemplos de negócios que usaram a tecnologia para se transformar são as plataformas e mercado adotados pela Uber e a Amazon ou até mesmo a maneira que a Airbnb aproveita a economia solidária. Além delas, há as plataformas de streaming de entretenimento, que ganham cada vez mais o público em massa, como Spotify, Deezer, Apple Music, voltadas para a música, assim como as plataformas gigantes, que misturam mídia e tecnologia para criar um nível de personalização, como Netflix, Prime Video, Globoplay, Disney+.
“A tendência é que, em 2022, muito mais setores e organizações sigam esses exemplos, conforme a transformação digital continuar acelerando em todos os setores e indústrias, resultando em novos empregos, novas formas de trabalho e novos modelos de negócios”, Korn Ferry.
Agora vamos às tendências que o estudo apresenta e que achei muito pertinentes:
Seis tendências que moldarão como as organizações vão se reinventar em 2022
1 – Plataforma e Marketplace: graças à tecnologia e aos modelos de serviços muito bem-estruturados e com mercados altamente específicos, os negócios se espalham rapidamente. E as empresas mais admiradas do mundo descobriram formas de atender ao máximo de pessoas possíveis, em curto espaço de tempo e com tecnologias eficazes, por compreender muito bem suas necessidades. O marketplace é o maior exemplo disso.
2 – Pensamento fluido: a pandemia obrigou todos nós a trabalhar de forma temporariamente ágil. Segundo a pesquisa, 69% das empresas valorizam a agilidade de aprendizado e a curiosidade ao longo da carreira e da experiência quando se trata de contratações.
3 – Personalizando a produção: impressão em 3D, produtos personalizados e robótica são conceitos que têm sido difundidos há muitos anos. Eles estão convergindo para reformular o modo como os produtos são feitos, comercializados e vendidos.
4 – Aprimorando humanos com máquinas: somos o que nossos ancestrais chamariam de “biônicos” – humanos com capacidades aprimoradas pela tecnologia. Nas organizações, isto cria novas oportunidades para como e onde o trabalho é feito. Agora o foco é menor nos trabalhos e maior nas capacidades que as pessoas e a tecnologia podem oferecer.
5 – Reimaginando o trabalho remoto: a Covid-19 mostrou que o trabalho pode ser feito de forma ainda mais eficaz remotamente. Em 2022, espera-se que as organizações experimentem e implementem novos modelos de trabalho de forma proativa. Assim, não haverá um modelo único para todos.
6 – 2022 será o ano da criatividade da indústria: o comportamento do consumidor mudou. As organizações estão ficando mais inovadoras sobre como elas respondem, pensando além de suas fronteiras industriais.
O que vai se fortalecer e o que vem por aí: ambientes virtuais (metaverso); lojas físicas com espaços de trabalho flexíveis, como academia, espaços para alimentação, numa junção de varejo e hospitalidade; transformação automotiva, transição de veículos elétricos, condução autônoma e condução personalizada. Estas são apenas algumas das grandes transformações que ocorrerão por meio de novas tecnologias.
Essas transformações, sobretudo digitais, vão mexer com todas as áreas e setores! E, pelo conteúdo apresentado no artigo, é possível ver que, se for usada de forma estratégica e consciente, a tecnologia poderá contribuir para o progresso e as transições do nosso jeito de fazer negócios. Você concorda?
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Um forte abraço e até o próximo artigo!
Cristovão Wanderley é responsável por inovação, estudo de tendências de tecnologia e adoção de novas ferramentas, além de desenvolver estratégias de negócio por meio do marketing digital na Stratlab Inteligência Digital. Faz a análise de dados dos clientes e seus concorrentes, transformando essas informações em ações que resultam em aumento de ROI, receita e geração de leads. Formado em Design Gráfico pela Fundação Armando Álvares Penteado (FAAP) e com especialização em MKT, Comunicação, Gestão de Mídias Sociais, DMB, Digital Transformation & Big Data – todos pela ESPM.