A Abstartups, entidade sem fins lucrativos que promove o ecossistema brasileiro de startups, em parceria com a Deloitte, lançou o mais recente Mapeamento do Ecossistema Brasileiro de Startups, que acompanha a evolução da diversidade dentro das empresas.
Os dados coletados são referentes ao ano de 2022 e, de acordo com o levantamento, 60% das startups acreditam que é muito importante apoiar a diversidade e 24% acreditam que é importante apoiar a diversidade.
Apesar disso, apenas 27% das startups alegam ter alguma ação ou processo seletivo com políticas afirmativas para construir times mais diversos. No entanto, esse número já representa um avanço, ainda que tímido, com relação ao ano passado, quando essa porcentagem era de 25%.
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“Notamos que a composição inicial das startups participantes ainda indica uma falta de diversidade dentro do grupo de fundadores. Uma razão para isso é que as mulheres e a população negra, por exemplo, ainda são consideradas minoria em profissões relacionadas à ciência, tecnologia e à matemática, o que pode sugerir a falta de políticas mais inclusivas e que incentivem uma mudança mais profunda”, comenta Ingrid Barth, presidente eleita da Abstartups.
O estudo aponta que pequenas mudanças também foram vistas no quadro de colaboradores das startups: em 2021, por exemplo, o número de startups com mulheres no time era de 80,9%, já em 2022 esse número subiu para 83,20%.
O mapeamento mostra que os fundadores que se autodeclaram brancos são maioria (72%); seguidos por pardos (17,1%), enquanto os que se identificam como negros são 5,6%; amarelos 1,8% e índigenas 0,1%. Ainda sobre o perfil dos founders, 92% se autodeclara heterossexual, enquanto 2,5% são homossexuais e 1,8% bissexuais.
Por fim, o estudo ainda aponta que há pouco incentivo para as minorias começarem um empreendimento, já que 72,3% têm negócios fundados por homens e 19,7% por mulheres. As idades dos empreendedores variam entre 28 e 42 anos (56,9%); 43 e 57 anos (30,3%); e 58 a 77 anos (4,6%).
“Times mais diversos significam experiências diferentes de vivências, formas diferentes de encarar o mundo, nesses olhares podemos encontrar novas formas de resolver problemas e novas ideias, resultando também em indicadores financeiros comprovadamente positivos quando temos mais diversidade”, conclui Ingrid.
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