A Vidia, plataforma digital que conecta hospitais diretamente com pacientes, captou R$4 milhões no ano passado em rodada liderada pelo fundo Canary, com participação da Aimorés Investimentos e de investidores-anjo. A startup nasceu com o intuito de dar acesso à saúde de qualidade para pessoas que buscam por procedimentos cirúrgicos, mas que não contam com um plano de saúde ou os mesmos não estão inclusos na cobertura.
A ideia é desburocratizar, mostrando que é possível agendar uma cirurgia eletiva em hospital particular de forma rápida e simples. Além disso, a cirurgia é oferecida em um pacote em que equipe médica, centro cirúrgico, exames e consultas estão inclusos, por isso, o cliente que opta pela Vidia não tem surpresas no valor a ser pago. O processo de escolha pode ser feito de forma digital sem ter que sair de casa.
“Sabemos que o SUS é muito eficiente, mas está sobrecarregado. Já os hospitais privados, geralmente possuem capacidade ociosa em seus centros cirúrgicos, que pode ser usada para servir a quem precisa. Por isso, criamos uma solução inteligente que gera valor para os hospitais parceiros e reduz o custo para o paciente em aproximadamente 40%. Além disso, fornecemos diversas opções de pagamento, como parcelamento e vaquinhas online para arrecadação com familiares e amigos. Nosso propósito é que todos tenham acesso à saúde, sem exceção.” afirma Thiago Bonini, CEO e cofundador da startup.
Lançada recentemente, a Vidia estará presente em um primeiro momento nas cidades de São Paulo e Campinas, atuando com quatro hospitais e clínicas parceiras. Outros dois hospitais estão ingressando em breve. Só na fase de pré-lançamento, a empresa já deu acesso a mais de dez cirurgias. Thiago Bonini explica que parte dos hospitais parceiros são hospitais-dia, sem atendimento a pacientes de covid-19 e, portanto, ótimas opções no momento em que os hospitais gerais se voltam ao atendimento de pessoas afetadas pela pandemia.
Segundo dados da Secretaria Municipal de Saúde, antes da pandemia, 1,3 milhões de paulistanos estavam na fila de espera do SUS aguardando por exames, cirurgias ou consulta com especialista. Ou seja, uma espera que pode levar anos e acarretar ainda mais sofrimento para os mais de 150 mil que vivem em São Paulo e aguardam por procedimentos cirúrgicos.
“Em um momento tão incerto, em que o distanciamento social se mantém presente, possibilitamos procedimentos cirúrgicos de forma 100% online ou por telefone. Ainda, permitimos que amigos e familiares possam ajudar na viabilização do serviço, trazendo um alento para quem não acreditava ser possível realizar uma cirurgia sem plano de saúde”, finaliza o CEO.
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