*Por Jhonata Lima
Ao longo de mais de duas décadas, o Google desempenhou um papel fundamental no acesso às informações online, consolidando-se como o principal mecanismo de busca da internet. No entanto, estamos testemunhando uma mudança cultural significativa na forma como utilizamos este mecanismo, e a empresa está se adaptando a essas novas realidades.
Inicialmente, o Google se destacou por sua capacidade de superar concorrentes e se tornar sinônimo de pesquisa online. A busca era predominantemente uma atividade passiva: os usuários digitavam consultas e recebiam uma lista de links relevantes. Hoje, com os avanços em inteligência artificial (IA), a interação com os resultados de pesquisa está evoluindo para uma experiência mais conversacional e interativa.
O advento de assistentes virtuais e tecnologias de IA, como o ChatGPT, está transformando a maneira como buscamos informações. Em vez de consultas de palavras-chave, as pessoas agora fazem perguntas mais complexas e contextuais, esperando respostas diretas e relevantes em formato de conversa.
Google se esforça para se adequar e se manter na liderança do mercado
De acordo com projeções da consultoria Gartner, até 2026, o volume de buscas em sites tradicionais pode diminuir em 25%, sendo substituído por chatbots e agentes virtuais. Esta previsão sugere que o Google, com sua significativa participação de mercado de mais de 90%, enfrentará grandes desafios devido a essa mudança de comportamento.
Para se adaptar, o Google está investindo no desenvolvimento de sua Experiência de Pesquisa Generativa. Esse esforço visa melhorar a qualidade das respostas oferecidas e atender às expectativas dos usuários modernos, que buscam uma experiência de pesquisa mais intuitiva e personalizada.
No Brasil, a crescente utilização de smartphones reflete uma demanda por otimização das tarefas diárias. Com mais de 242 milhões de celulares conectados, a população está se familiarizando cada vez mais com assistentes virtuais. Segundo estudo da Ilumeo, o uso desses assistentes aumentou de 87% para 91% em apenas dois anos, transformando a interação com dispositivos eletrônicos em algo mais natural e fluido.
Apesar dessas inovações, surgem preocupações sobre a qualidade dos resultados de pesquisa e o impacto nas marcas e editores que dependem do tráfego orgânico do Google. Além disso, o Google enfrenta desafios relacionados à privacidade dos usuários, especialmente com a eliminação dos cookies de terceiros prevista para o final de 2024. A empresa está explorando novas abordagens para garantir a eficácia das campanhas publicitárias enquanto respeita a privacidade dos usuários.
A forma como pesquisamos está passando por uma transformação cultural, e o Google está se esforçando para acompanhar essas mudanças. Ao adotar tecnologias de IA e desenvolver novas abordagens para a pesquisa, o Google busca garantir que continue a oferecer resultados relevantes e úteis em um cenário em constante evolução.
*Jhonata Lima é Especialista de Marketing da Up Brasil, empresa que oferece soluções focadas no bem-estar dos trabalhadores.
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