* Por Carolina Gilberti
Quem nunca aprendeu que há certos assuntos que não devem ser discutidos? Quantas vezes parentes e amigos já não cutucaram você debaixo da mesa quando você quis trazer para a roda aquela conversa “tabu”?
A grande maioria das pessoas sabe quais assuntos estou me referindo. Não preciso nem listar aqui. Mas preciso dizer uma coisa importante: sim, há certos assuntos que é melhor não abordar, e a liderança feminina, definitivamente, NÃO é um deles.
Então porque ainda temos tantos narizes sendo franzidos, mexidas desconfortáveis nas cadeiras, olhares desviados e suspiros soltos quando este tópico é trazido para a pauta?
Se você se identificou como essa pessoa que se sente desconcertada diante deste tema, convido você a ler até o final. Prometo não julgar.
Primeiramente, sabe por que essas cenas de desconforto acontecem? Porque ainda estamos discutindo os sexos dos anjos e isso não vai nos levar a lugar nenhum.
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Por isso convido você a olhar para a liderança feminina de uma forma diferente. De maneira que nem você nem a sua empresa sintam-se para trás e obsoletos. Vamos falar de alguns dados importantes:
Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a liderança feminina caiu em 2019. As mulheres ocuparam 37,1% dos cargos de liderança em tal ano, contra 39,1% no estudo anterior, o que representa uma queda de 2% na representação feminina nessas posições. No cenário pós pandemia, os desafios são ainda maiores.
Criar oportunidades, gerar um ambiente favorável e proativo para captação de lideranças femininas não é uma questão de “fazer o certo” ou ser uma boa pessoa. Diz respeito a entender as demandas do mercado, ser inovador diante da nova realidade e gerar resultados para o seu negócio.
A fórmula é simples: se faz bem para as pessoas e para o negócio, os resultados são positivos. Pessoas felizes, mais dinheiro no caixa, mais prosperidade, mais sucesso e por aí vai.
Empresas que hoje estão antenadas e engajadas nessa pauta já entenderam a importância e o valor de investir em times diversos. Uma gestão composta por pessoas diversas com lideranças femininas significativas se torna mais complementar, com perspectivas e habilidades diferentes que contribuem para um time mais colaborativo e inclusivo, melhorando os resultados.
Outro ponto importante está relacionado ao posicionamento e fortalecimento da marca diante do mercado e seu público.
Uma pesquisa feita pelo Journal of Consumer Research, mostrou que organizações diversas geram impactos positivos em seus consumidores, gerando conexão com a marca, transmitindo ética e transparência, fortalecendo o brand awareness (reconhecimento da marca) e, consequentemente, fidelizando o cliente.
É necessário deixar claro que essa transformação de mentalidade nas estruturas corporativas, sociais e econômicas não acontece em um piscar de olhos. É uma mudança diária, feita no coletivo, através de iniciativas que envolvem todas as esferas de uma sociedade – da pública à privada, de dentro para fora das empresas e vice-versa.
E então? Você concorda que a liderança feminina não é uma tendência e sim uma nova forma de entender e fazer negócios? Convido você a vir conosco e fazer essa transformação.
* Carolina Gilberti é CEO da Mubius WomenTech Ventures.
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