* Por Jéssica Lima
Startups são jovens! Não só porque, em sua maioria, seu MVP saiu após a última Copa do Mundo que o Brasil ganhou. Elas são jovens porque são inovadoras, são jovens porque pensam diferente das empresas tradicionais e são jovens porque seus colaboradores são jovens e, é esse último ponto, que contrapõe todos os outros: como uma empresa pode excluir vivências com mais de 40 anos e, ainda sim, ser inovadora?
Não pode! Afinal, a inovação depende da diversidade de todos os tipos para acontecer.
Segundo a Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico até 2050 serão mais de 2 bilhões de pessoas com mais de 60 anos no mundo. Precisamos pensar urgentemente nos motivos que nos levam a segregar as pessoas dos espaços produtivos conforme a idade delas avança, mesmo se elas continuam performando igual, ou até melhor, que na juventude.
A preocupação com esse público cresceu tanto que as soluções voltadas exclusivamente para as pessoas com mais de 50 anos são cada vez mais comuns, e, onde há oportunidade, há startups.
As Agetechs estão desenvolvendo soluções projetadas para idosos ou quem cuida deles, e elas atuam nos mais diversos nichos.
Segundo o estudo lançado pela Abstartups em parceria com a MedSênior, 25% das startups do setor entrevistadas consideram que serviços voltados para esse público é algo novo para o mercado mundial, ou seja, uma tendência que vai crescer por todos os cantos nos próximos anos.
Quando olhamos para essas startups, o nicho de saúde e estilo de vida parecem ser os mais promissores, já que representam 29% das startups que oferecem produtos e serviços exclusivamente para o público 50+ e 84% das startups que têm esse target como secundário, mas também há espaço para soluções de educação, bem-estar financeiro e emprego.
E isso nos diz que esse público está cuidando de si e pensando na própria empregabilidade. Somando todas essas evidências fica claro: precisamos nos questionar onde estão as pessoas mais velhas no nosso mercado de atuação e, principalmente, entender o mundo de conhecimento, experiências e oportunidades que estamos perdendo ao não contratá-las.
Isso não vai envelhecer as empresas, afinal, a juventude nada tem a ver com idade, mas sim com o entusiasmo, a capacidade de criar novas ideias e a vontade de se desenvolver, e, isso sim tem tudo a ver com startups.
Jéssica Lima é formada em publicidade e propaganda, e somou sua paixão por escrever com outras habilidades para mergulhar no universo do marketing digital. Faz parte do time de marketing da Associação Brasileira de Startups (Abstartups), ajudando a divulgar histórias de inovação de todo o País.
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