*Por Carolina Gilberti
Nos últimos anos, as startups das mais diversas áreas vêm crescendo no Brasil. Muitas empresas e instituições estão investindo em inovação, o que representa a mudança na mentalidade das pessoas e mais oportunidades de negócios, assim nascendo as WomenTechs. No entanto, a desigualdade de gênero também é evidenciada nesse cenário. No Brasil, apenas 4,7% das startups são fundadas exclusivamente por mulheres, conforme o estudo Female Founders Report 2021.
Segundo uma pesquisa do Boston Consulting Group, a cada US$ 1 investido na empresa, as mulheres geraram US$ 0,78, enquanto os homens geraram menos da metade: US$ 0,31. O levantamento do BCG indicou que startups fundadas por mulheres recebem muito menos investimentos do que as criadas por homens. Ainda assim, as empresas lideradas por elas dão um retorno maior em receita no longo prazo do que as comandadas por eles.
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Ainda há um vasto caminho a ser percorrido pelas WomenTechs no Brasil e no mundo e isso depende de financiamento. O mercado da inovação ainda é dominado pelos homens e, consequentemente, os vieses são sempre os mesmos. Muitos, e isso inclui homens e mulheres, ainda perguntam se a mulher “vai dar conta” de equilibrar a vida pessoal e profissional, questionam quem vai cuidar dos filhos enquanto ela empreende, ou duvidam que ela fará uma boa gestão financeira.
Mercado em busca de WomenTech
Ainda há um ar de desconfiança na capacidade de execução da mulher, especialmente quando se trata de cargos mais altos. As perguntas para os homens, por outro lado, são sempre relacionadas ao sucesso do negócio. É necessário gerar uma verdadeira mudança no mindset das empresas e da sociedade como um todo. Isso requer um conjunto de ações de diferentes esferas, incluindo governo, iniciativa privada, comunidade acadêmica, mídia, cidadãos e fundos de investimentos, entre outros segmentos.
É preciso trazer mais diversidade para o meio da inovação, para as bancas de avaliação e para o mundo dos investimentos, tornando esse ecossistema mais inclusivo. Temos que atrair mais mulheres, tanto no que se refere ao empreendedorismo quanto nos investimentos. Investir em WomenTechs é investir diretamente nos impactos sociais e econômicos. Atualmente, os aportes são democráticos: pode-se investir o quanto quiser, em quem quiser e no negócio que quiser e ainda contribuir para o progresso de uma empreendedora. Além disso, fornecer capital para as WomenTechs é fomentar a economia brasileira e acelerar o processo de inovação.
Investir nessas startups também contribui para incentivar que mais e mais mulheres empreendam. Para aquelas que estão ingressando no universo da inovação e desenvolvendo projetos, é importante se manterem firmes e fortes. Foquem no seu propósito. Não abram mão da sua renda logo de cara, porque irão precisar sobreviver enquanto empreendem. Programem-se. Planejem-se. Conectem-se com pessoas certas. Confiem nas pessoas,fiquem atentas e entendam quem está ao seu lado por interesse, façam as pazes com isso sem perder a ternura e o foco em seus objetivos.
*Carolina Gilberti, é CEO da Mubius WomenTech Ventures
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