A QI Tech, empresa de tecnologia voltada a serviços financeiros e uma das primeiras Sociedade de Crédito Direto aprovada pelo Banco Central do Brasil, acaba de captar sua rodada Série A. O Fundo Soberano de Cingapura (GIC), um dos maiores investidores de fintech do mundo, está liderando a rodada de R$ 270 milhões, uma das maiores e mais disputadas nesta fase de captação na América Latina. No total, a companhia recebeu mais de 10 propostas, com empresas listadas, bancos e fundos globais interessados em fazer parte.
Com o valor, a QI Tech investirá na construção de novos produtos, com foco em aprimorar a jornada de crédito (originação e cobrança) e desenvolver a área de data science. A companhia prevê ainda quadruplicar a capacidade do time, que atualmente conta com 48 pessoas, para acelerar o lançamento de soluções e trabalhar em uma agenda de M&A para os próximos meses.
Atualmente, a QI Tech conta com mais de 100 clientes, entre fintechs, gestoras, bancos e empresas tradicionais, representando um crescimento acelerado de 500% desde janeiro de 2021. Desde o início de sua operação em 2019, já movimentou mais de R$ 5,5 bilhões em operações de crédito, dos quais R$ 200 milhões em seu primeiro ano, R$ 1,2 bilhão no segundo, e R$ 4,1 bilhões em 2021.
“Somos a primeira instituição financeira a criar um modelo exclusivo de Lending-as-a-Service no Brasil e nosso foco é continuar inovando nesse mercado. Inovamos com um modelo que roda 24/7, em um processo 100% automatizado, permitindo que nossos clientes ofereçam uma experiência única para seus usuários e até operações de alta frequência (muitas operações em curto espaço de tempo). Esse aporte chega em um momento decisivo na nossa trajetória, onde queremos dar o próximo passo em busca do aprimoramento da jornada do crédito, possibilitando que qualquer empresa ofereça serviços bancários 100% digitais a partir das nossas tecnologias proprietárias”, diz Pedro Mac Dowell, CEO da QI Tech.
Com vasta experiência no mercado de crédito privado, o CEO da QI há anos buscava por melhores produtos e serviços financeiros para quem não era instituição financeira. A QI Tech nasce, então, com o propósito de suprir uma necessidade que existe mas que não era bem atendida: oferecer serviços de um banco tradicional – ‘as a service’ – ou seja, disponibilizar a infraestrutura financeira necessária para que as empresas, fintechs e outros bancos menores possam inovar na oferta de crédito, da originação à cobrança.
“Oferecemos todas as verticais de Lending-as-a-Service, como por exemplo, financiamento estudantil, crédito direto ao consumidor, BNPL Buy Now Pay Later, financiamento automotivo ou imobiliário, capital de giro para PJ e operações de crédito com garantia. Desta forma, qualquer fintech, empresa tradicional ou banco pode utilizar as APIs da QI Tech para oferecer essas verticais para seus clientes finais”, explica Marcelo Bentivoglio, sócio da QI Tech.
Segundo Bentivoglio, a QI Tech possui uma plataforma inteligente com o conhecimento regulatório de um banco, eliminando o intermediário e ligando as pontas para oferecer agilidade ao mercado financeiro. Com isso, seus clientes podem se concentrar nos negócios, sem preocupações burocráticas.
“Qualquer empresa, seja ela uma fintech, uma varejista ou até mesmo uma empresa de serviços pode oferecer produtos financeiros para os seus clientes. A QI Tech tem toda a infraestrutura necessária para que estas empresas ofereçam jornadas completas, com contas, emissão e liquidação de boletos, transferências TED/DOC/PIX, este último com múltiplas funcionalidades, como o PIX 24/7 embedded na jornada de crédito e o QR code dinâmico nos checkout de e-commerce”, complementa Marcelo Buosi, cofundador da QI Tech.
Sem a necessidade da intermediação de um banco, os clientes da QI Tech podem oferecer serviços financeiros para milhões de pessoas, antes restrito às instituições financeiras tradicionais. Esse movimento do mercado permite mais competição na oferta de crédito, gerando melhores condições comerciais para a população brasileira.
O mercado de crédito brasileiro que a QI está disruptando é massivo, crescente e movimentou R$3,4 trilhões em 2020, sendo que 70% ainda é concentrado nos grandes bancos, segundo o Banco Central. Apenas o nicho de gestoras de crédito, onde a QI nasceu, representa R$300 bilhões. Já o mercado de crédito fintech e crédito alternativo, estimado em R$60 bilhões, é esperado crescer a um ritmo de 30% ao ano.
“O mercado de crédito está migrando dos bancos para outras empresas, como varejistas, aplicativos de serviços e operadoras nacionais, e a QI Tech é a infraestrutura que permite acelerar essa mudança. Nosso modelo de negócios segue o conceito de asset-light, ou seja, somos o ‘Uber dos bancos’, o maior emissor de operações de crédito da América Latina sem ter créditos em balanço. A chegada do GIC reforça nosso compromisso de estarmos sempre antecipando o futuro dos serviços financeiros, além de mantermos nossa independência.”, conclui o CEO.
Foto de destaque: Marcelo Bentivoglio, sócio, Pedro Mac Dowell, e Marcelo Buosi, cofundadores da QI Tech.
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