* Por Cristovão Wanderley
Telefonista, lanterninha de cinema e operador de mimeógrafo. Alguém lembra dessas profissões? Se a resposta for sim, então tenho outro desafio. Pergunte para qualquer pessoa da Geração Z se ela tem ideia do que cada um desses profissionais fazia no horário de trabalho. Sendo bem sincero, acredito que as chances de a resposta ser “não” ou “já ouvi falar” são grandes.
Isso também vale para as novas carreiras que estão por vir. Imagine se, há 15 anos, alguém dissesse que queria se tornar um cientista de dados, engenheiro de carros autônomos e até operador de drones? Não precisamos ir muito longe para dizer que, em 2007 ou 2008, essas áreas sequer existiam e poucos poderiam prever como elas poderiam ser essenciais nos dias de hoje.
Essas mudanças fazem parte do mercado, como lidar com elas?
Com o avanço da tecnologia, algumas profissões se tornam obsoletas e, consequentemente, algumas delas deixam de existir com o passar dos anos. Porém, isso não é motivo para entrar em pânico. Na verdade, entender o cenário é o primeiro passo para se preparar para ele.
Então, o que fazer? A resposta está na busca constante por conhecimento, base do conceito de lifelong learning ou aprendizado contínuo, que parte do princípio de que sempre devemos aprender coisas novas. Existe uma demanda crescente por tecnologias e habilidades digitais, mas poucos profissionais para suprirem essas vagas, uma tendência que deve crescer nos próximos anos. Nesse sentido, cabe aos profissionais e às empresas se prepararem para as profissões do futuro.
Segundo uma pesquisa realizada pela plataforma Think with Google, mais de 1 milhão de vagas poderão ser transformadas até 2030, sendo que 85% delas ainda nem existem. E, claro, todas as oportunidades precisarão de profissionais para preenchê-las. Neste momento, nos deparamos com outra questão.
Os dados levantados pelo mesmo estudo mostraram que, até 2024, existirão 420 mil vagas para desenvolvedores no Brasil. No entanto, a expectativa é de que apenas 156 mil profissionais estejam disponíveis para efetuar esse trabalho. Você notou que estamos falando de um futuro próximo, dentro de aproximadamente menos de dois anos?
Confira aqui o Mídia Kit do Startupi!
Quais são as profissões do futuro?
Como você viu, as possibilidades são infinitas. Mesmo assim, alguns estudos atuais já nos trouxeram áreas que devem crescer de forma acelerada nos próximos anos, abrindo as portas para novos profissionais. Veja algumas delas a seguir:
1- Especialista em Inteligência Artificial e Machine Learning
2 – Analista e Cientista de Dados
3 – Especialista em Internet das Coisas (IoT)
4 – Engenheiro(a) de Machine Learning
5 – Especialista em Transformação Digital
6 – Pesquisador(a) em experiência do usuário
7 – Especialista em Big Data
Esses profissionais são altamente qualificados e, por isso, não basta apenas escolher a área de atuação. Em qualquer segmento em que decidir se especializar, lembre-se de se dedicar, aprender e obter melhores resultados dentro do seu desempenho profissional.
O que as empresas precisam para atrair novos talentos que pensam no futuro?
Em primeiro lugar, destaco a educação e a capacitação em primeiro lugar. Inclusive, além de oferecer esse aprendizado dentro do local de trabalho, as empresas que possuem uma mentalidade de sucesso conseguem estabelecer horários flexíveis para seus profissionais conciliarem as duas atividades no dia.
Outro ponto importante para as lideranças é desconsiderar apenas a formação superior como essencial para selecionar um candidato. Programação, computação, ciência de dados e outras habilidades específicas podem ser adquiridas emem cursos disponíveis fora das salas de aula convencionais. Experimente.
Programe-se: a mudança está só começando!
Já passamos da fase de acreditar que a tecnologia pode substituir o trabalho das pessoas. Essas ferramentas vieram para nos levar muito mais longe e alcançar objetivos que antes eram inimagináveis. Um exemplo disso é a quantidade de brasileiros trabalhando para empresas no exterior sem sair do seu país.
Para iniciar esse processo de transição, não podemos deixar de lado a formação tradicional em universidades e faculdades, que oferecem a estrutura para aprender e desenvolver as soft skills essenciais no dia a dia e na vida profissional. No ambiente acadêmico, aprendemos a organizar, apresentar e defender ideias, além de conviver com outras pessoas em ambientes e contextos mais próximos ao que nos deparamos em nossas profissões.
Mesmo com toda essa base, é importante ir além da sala de aula tradicional e buscar cursos e outras formas de capacitação que complementam esse conhecimento com mais rapidez. Essas formações são importantes, pois acompanham a velocidade com que as mudanças acontecem no mercado.
Vale ressaltar que muitas dessas capacitações ainda não fazem parte da grade curricular de uma faculdade, mas isso também pode ser positivo. Com isso, o conhecimento se torna mais acessível para todos, fazendo com que as pessoas consigam absorvê-lo em diferentes plataformas, com investimentos menores por um prazo de tempo relativamente mais curto.
Entender que o aprendizado contínuo é fundamental para o profissional do futuro é a melhor maneira de se manter atualizado. O futuro já começou e a melhor maneira de fazer parte dele é entender como a tecnologia pode nos proporcionar formas de evoluir profissionalmente. Essa visão a longo prazo pode fazer toda diferença.
Acesse aqui e saiba como você e o Startupi podem se tornar parceiros para impulsionar seus esforços de comunicação. Startupi – Jornalismo para quem lidera a inovação.