Uma das características mais emblemáticas da inovação é sua capacidade de abrir caminhos para que ela mesma possa continuar em evidência. Esse processo de autoevolução parece complexo ou até um paradoxo, né? Eu vou explicar.
Quando a inovação acontece, as coisas saem do lugar. Surgem novas tecnologias e soluções que levam a nossa sociedade a outro patamar. Ao atingirem um novo estágio, novas ferramentas surgem e abrem caminho para outras formas de inovação. E, assim, nunca permanecemos no mesmo lugar.
Veja o caso do IPhone, por exemplo. Em 2007, Steve Jobs, então CEO da Apple, organizou uma conferência para o lançamento do celular que revolucionou o comportamento das próximas gerações. Este é um dos mais claros pontos de inflexões que a humanidade passou nos últimos 30 anos. A tecnologia e toda a realidade que a cerca evoluiu de uma maneira sem retorno.
A primeira grande mudança, que muitos não lembram e alguns não dão tanta importância, foi a forma de digitar, sem teclas físicas e acessórios. O aparelho tornou-se um computador de bolso com funcionalidades só limitadas pela imaginação. Curiosamente, fazer ligações se tornou adjacente.
O caminho seguiu até chegarmos à popularização da IA, com a IA Generativa, nos últimos dois anos. A tecnologia não é nova, pois ela existe desde os anos 50. Porém, a quantidade de dados disponíveis e as outras plataformas digitais contribuíram para que as soluções com base em IA pudessem trabalhar com mais eficiência, abrindo espaço para um novo estágio da inovação em nossas vidas.
Assim, mais uma vez adotamos novos hábitos. Inclusive, o ChatGPT passou a fazer parte da nossa rotina.
Só que a IA pode ir muito mais longe, pois além da sua capacidade de evoluir em áreas como educação, saúde e segurança, ela tem total capacidade de apresentar soluções para muitos outros problemas da nossa sociedade. É uma nova etapa evolutiva.
Por esses motivos, vemos a IA como uma importante ferramenta para pavimentar essa estrada da inovação atualmente. Ela é capaz de se preparar para novos desafios futuros, como mostra o artigo publicado no site da MIT Technology Review.
Devido à complexidade do desenvolvimento de software, impulsionada pela busca por soluções mais sofisticadas e personalizadas, está surgindo uma demanda maior por qualidade e segurança dentro das novas plataformas. E neste cenário, a IA tem feito toda a diferença nos testes de software.
Segundo um relatório do Gartner, esses testes automatizados estão cada vez mais inseridos no dia a dia das equipes de engenharia de software. Com base em 248 entrevistas com líderes de TI e outros engenheiros que tomam decisões sobre testes automatizados de softwares nas empresas, ficou registrado que 56% usam IA em testes de API, 45% em testes de integração e 40% em testes de desempenho.
O estudo também mostra que essa automação é impulsionada pela busca de melhor qualidade de produto (60%) e de maior velocidade de implementação (58%).
No fim, todos concordam que a IA Generativa tem influência significativa no futuro de testes automatizados, indicando uma mudança na responsabilidade e na quantidade de colaboradores envolvidos no controle de qualidade.
São análises que confirmam o papel fundamental da IA na evolução dos processos de desenvolvimento de novas tecnologias, ainda mais se ela for utilizada por profissionais qualificados e prontos para extrair todo o seu potencial dentro do seu segmento.
Nos modelos mais tecnológicos e profundos que impactam o B2B ou nas mudanças e praticidades de dispositivos que chegam às mãos dos clientes no B2C, a melhoria na qualidade da entrega e a inteligência nos processos têm tudo para impactar positivamente as vendas desses softwares em qualquer mercado.
Diante de tantas mudanças, adaptar-se à tecnologia no estágio em que estamos hoje é fundamental para se preparar para uma nova fase da inovação que deve começar em breve. Lembre-se de que resiliência, criatividade e aprendizado contínuo são as características humanas que mais farão a diferença na busca pelos melhores resultados.
Não deixe para depois. É importante ter muito cuidado com o uso da tecnologia, lembrando sempre que ela é uma ferramenta e não o fim. Caso contrário, a frase que está na bandeira do estado de São Paulo, “Non ducor, duco” ou “Não sou conduzido, conduzo”, fará cada vez menos sentido. Afinal, quem conduz a sua vida?
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