* Por Cristiano Soares
A diversidade cultural pode ser uma vantagem competitiva e tanto para todas as companhias que estão no mercado. Por quê? É simples. Uma equipe com características distintas é capaz de promover a inovação, um dos principais fatores que impulsionam o crescimento acelerado. E, consequentemente, construir uma imagem positiva.
Nesse contexto, outro tema que tem ganhado cada vez mais voz no ambiente corporativo é a inclusão e isso é excelente, pois quando o colaborador se sente acolhido e se identifica com a missão, visão e valores da corporação, tende a abraçar a empresa como se fosse dele e a “dar um gás” em sua criatividade e desempenho. Uma pesquisa da DDI em parceria com a consultoria EY mostrou que instituições que conseguiram promover pelo menos 30% de diversidade em sua liderança têm 1,4% mais chances de crescer de forma sustentável e lucrar mais que os concorrentes do setor.
Em um mercado tão volátil, instável e globalizado, as empresas que ignoram esse aspecto e não investem nas diferenças estão condenadas a um looping de crises e limitações. Não faz o menor sentido expandir um produto ou serviço regional ou globalmente sem uma equipe que acompanhe essa movimentação. Quer chegar na Europa? Você precisa de europeus ao seu lado. Não há como ir à Índia sem conhecer e se aprofundar no sistema de castas. Quer impactar um público mais amplo? Você vai precisar estar alinhado às principais tendências e causas sociais que influenciam a sociedade, especialmente em âmbito global.
No cenário atual, é indispensável promover a conexão entre o seu time e o mundo real. E deixando – bem – claro que a diversidade não é caridade, mas sim a demonstração da busca pela evolução e dinamismo, na qual tem objetivo de unir diferentes culturas e visões de mundo.
Com a crescente do trabalho remoto, essa necessidade tão importante vem se tornando mais tangível. Se podemos considerar alguma vantagem dessa crise sanitária, uma delas, definitivamente, é a compreensão de que a tecnologia nos proporciona diversos benefícios.
Na teoria tudo parece muito simples, mas, na prática, como funciona? Eu diria que a chave é colocar o contextualizar a camada de diferenças entre os colaboradores. Cada um tem uma peculiaridade e a ideia é que os gestores identifiquem esses pontos e os utilizem a favor da companhia. Não basta simplesmente contratar um time diverso e querer colocá-los em uma mesma caixa. Um brasileiro que trabalha para uma empresa americana, por exemplo, vai se sentir muito mais confortável e produtivo se seus horários de trabalho forem levados em consideração, se suas ideias com base em suas experiências forem, de fato, aplicadas e entre outros fatores que impactam diretamente em sua vida corporativa.
Comunicação, coordenação e materiais podem – e devem – ser adaptados de acordo com cada necessidade. Como já diz o título do artigo, a diversidade pode se tornar um ativo valioso para sua empresa e de mãos dadas com ela encontramos a flexibilidade.
Linkando as informações acima com as startups mais inovadoras do mundo, enxergamos exatamente esse contexto. No caso da Deel, por exemplo, que está em mais de 150 países, eu afirmo que não seríamos nada sem as pessoas que trabalham conosco e nos ajudam a construir essa trajetória ao redor do mundo.
Digo e repito, quebre barreiras culturais, contrate pessoas diversas e assista a magia acontecer.
* Cristiano Soares é country manager da deel, startup líder global em gestão de pagamento para times internacionais, é responsável pela gestão estratégica e expansão da empresa no mercado brasileiro. Já esteve à frente de empresas nacionais e multinacionais em setores de beleza e bem-estar, mídia online e saúde. Responsável por fundar e liderar o desenvolvimento de plataformas de serviços online focadas nos setores de moda (e-commerce) e beleza (marketplace), o empreendedor é cofundador e ex-CEO da startup Vaniday.