* Por Fabiany Lima
Sim, ela existe e é enorme. Responsável pela morte de muitos bons projetos e um limitador nas possibilidades de empreendedores natos começarem ou desenvolverem suas ideias. A desigualdade no meio empreendedor não é de fácil ou rápida solução.
Quando você não tem a possibilidade de se dedicar ao projeto porque tem responsabilidades financeiras que não podem ser adiadas, seja para se manter ou manter outras pessoas que dependem de você, sua competitividade fica comprometida.
Quando você não tem o currículo ou as conexões certas, fica mais difícil ter acesso a capital. Os pequenos empecilhos que se somam ao mundo de incertezas que é começar um projeto do zero faz com que startups promissoras morram por falta de fluxo de caixa.
Esse cenário cria uma imagem elitista do mundo de startups onde quem foi cercado de oportunidades desde sempre tem larga vantagem mesmo que algumas vezes não tenha a resiliência ou capacidade de execução que outro empreendedor menos favorecido tem.
Como acontece em outros setores, só existe uma alternativa para compensar essa desigualdade e criar um ambiente mais diversificado, fazer mais. A falta de representatividade só vai ser sanada quando mais empreendedores mostrarem que é possível chegar lá e ocupar o espaço. Cada um que consegue motiva centenas de outros a tentar um pouco mais, chegar mais perto e conseguir.
* Fabiany Lima é formada em Direito pela Universidade Católica de Santos e com MBA em Marketing e Vendas, a empreendedora foi uma das selecionadas pelo Banco Goldman Sachs para participar do programa da FGV 10.000 mulheres. Empreendedora em série, Fabiany está à frente da Dilimatch, consultoria estratégica para dar o suporte ideal para que investidores estrangeiros aportem em iniciativas brasileiras.