* Por Eduardo Tardelli
Não é novidade para ninguém que as mulheres sempre enfrentaram desafios para encontrar espaço no universo corporativo. Desde os primórdios, elas estiveram diante de problemas relacionados a casos de assédio, machismo, falta de oportunidades de crescimento e até mesmo salários menores, como aponta um levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), realizado em 2022.
Segundo a pesquisa, a diferença de remuneração entre homens e mulheres subiu para 22% no Brasil no fim de 2022. Isso significa que uma brasileira recebe, em média, 78% do que ganha um homem. Nesse sentido, a adoção de práticas de compliance para o mundo corporativo é uma peça fundamental na luta pela igualdade de gênero nas empresas.
O próprio compliance é capaz de fazer com que os colaboradores se sintam protegidos em uma organização, ao passo que ele implementa um conjunto de normas internas que estão de acordo com a legislação vigente. E, consequentemente, que estejam atreladas às atividades da área de Recursos Humanos e ao setor de diversidade, inclusão e equidade.
Mas onde as mulheres podem se encaixar neste cenário? Nos últimos anos, estas profissionais conquistaram mais espaço no setor de compliance e em cargos de liderança. Isso porque elas trazem um olhar mais cauteloso e empático para as atividades diárias, requisitos importantes para aqueles que trabalham com ética e avaliação de riscos.
Dessa forma, não é por acaso que muitas empresas acabam se destacando no seu respectivo setor de atuação ao contarem com mulheres em cargos de liderança e em departamentos de compliance. De acordo com um estudo sobre Maturidade e Compliance no Brasil da KPMG, uma das maiores empresas de prestação de serviços profissionais, apenas em 2018, aproximadamente, 42% das organizações contavam com departamentos de compliance com inúmeras funções ocupadas e desenvolvidas por mulheres.
Portanto, se pararmos para analisar que o compliance é responsável por lidar com questões de conformidade e implementar uma cultura de ética, podemos ver que as mulheres conquistaram e continuarão dominando um espaço significativo no setor. Além disso, o compliance cumpre ainda mais o seu papel e contribui para a evolução do mundo corporativo com elas à frente.
Eduardo Tardelli é CEO da upLexis, empresa de tecnologia que desenvolve soluções para busca e estruturação de informações extraídas de grandes volumes de dados (Big Data) da internet e outras bases de conhecimento.
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