* Por Cristovão Wanderley
Segundo especialistas, as redes sociais estão mudando e, em breve, devem começar uma nova fase. Mas o que isso significa? Quer dizer que a tecnologia desenvolvida com foco na interação entre amigos está se tornando cada vez mais uma fonte de informação e plataformas de entretenimento.
Se você ainda não notou, então continue lendo este artigo, pois eu trago sinais dessa transformação e sugiro algumas rotas para se adaptar a novos cenários. Vamos lá?
As redes sociais em 2022 no Brasil e no mundo
Segundo dados do relatório Digital 2022: Global Overview, da We Are Social e da Hootsuite, existem 4,62 bilhões de pessoas no mundo que possuem pelo menos um perfil ativo em alguma rede social, ou seja, 58,4% de toda a população do planeta.
Outra pesquisa, feita pela empresa NordVPN, mostrou que os brasileiros se conectam por volta das 8h33 da manhã e só se desconectam às 22h13. Somando todo esse tempo ao longo de 7 dias, são mais de 91 horas on-line.
Com todo mundo conectado e por tanto tempo do seu dia, a experiência nessas plataformas deveria ser mais humanizada, certo? Não é bem assim.
Menos relação, mais entretenimento
Há cada vez menos conteúdo de pessoas conhecidas no feed desses usuários e mais posts, artigos, fotos e vídeos “recomendados”. Essa deve ser a nova realidade das redes daqui para frente. Afinal, Mark Zuckerberg, CEO da Meta, já afirmou que 30% do conteúdo do Instagram e do próprio Facebook será sugerido por Inteligência Artificial.
Empresas e marcas de diferentes segmentos criam seus perfis profissionais e páginas corporativas justamente para interagirem com a audiência. A partir desses perfis, esses modelos de negócio pensam em formas de criar um conteúdo relevante e que gere .
Porém, nem sempre existe a preocupação de criar algo que seja humanizado e incentive o diálogo entre marcas e pessoas, o que vai de encontro a essência das redes sociais. Um problema que pode ser resolvido por meio do apoio estratégico dos dados.
O impacto do TikTok no conteúdo digital
O próprio TikTok já se posicionou como uma plataforma de entretenimento e não uma rede social. Muito além das danças, o aplicativo possui influenciadores que vem gerando números importantes de conversão e engajamento entre comunidades cada vez mais nichadas.
Veja o caso do sucesso dos booktokers, influenciadores da comunidade literária no TitTok, que fizeram o maior sucesso na Bienal do Livro de São Paulo.
Porém, a busca pela nossa atenção não depende só do conteúdo, mas do tempo que passamos conectados nesses canais digitais. Isso faz com que alguns tentem simplesmente se basear no que está dando certo, sem saber especificamente se ele se ajusta à sua proposta.
Será que esse é o melhor caminho? Não há espaço para diferentes objetivos e formas de engajar?
A transformação do LinkedIn
O LinkedIn é um exemplo de rede social que evoluiu e se adaptou aos novos formatos, mas não perdeu sua referência de ser a maior rede social profissional do mundo.
Além de abrir espaço para o conteúdo audiovisual e autoral, a plataforma dedica uma série de conteúdos especialmente voltados para criadores, que inclusive são remunerados pelo próprio LinkedIn para gerar conteúdo relevante para os usuários.
Isso quer dizer que…
As redes sociais como nós as conhecemos estão mudando de forma rápida. Criar uma estratégia em que a sua empresa as utilize para gerar resultados relevantes e impactar os clientes, mas sem ser dependente delas é o caminho mais seguro e sustentável para o futuro.
Essas plataformas vão sempre acompanhar as mudanças no comportamento das pessoas. Não é sempre que elas vão acertar de primeira e, provavelmente, precisarão alinhar a rota ao longo do percurso.
Por isso, opte por múltiplos canais digitais e, o mais importante, converse com o seu cliente. Essa é a melhor forma de se adaptar a diferentes cenários e gerar oportunidades de negócios.
Cristovão Wanderley é responsável por inovação, estudo de tendências de tecnologia e adoção de novas ferramentas, além de desenvolver estratégias de negócio por meio do marketing digital na Stratlab Inteligência Digital. Formado em Design Gráfico pela Fundação Armando Álvares Penteado (FAAP) e com especialização em MKT, Comunicação, Gestão de Mídias Sociais, DMB, Digital Transformation & Big Data – todos pela ESPM.