*Por Luana Souza
Startups estão sempre em evolução e precisam se reinventar. O “pivotar” é um momento natural que acaba sendo mais cedo ou mais tarde, um sinal de que a empresa chegou na fase decisória da sua vida. Que rumo tomar?
Uma das coisas que acontecem nos negócios é a necessidade de evoluir em tecnologia, ter um aplicativo mobile, inteligência artificial, ser omnichannel, entre outras coisas. Porém, nem sempre possuem o time pronto para essas tecnologias ou prontos na velocidade que precisam ou que o mercado demanda.
Em 2020 com a pandemia, muitos negócios precisaram se reinventar e o boom do e-commerce, que estava previsto para daqui há alguns anos, foi adiantado forçadamente, e o nicho do varejo, principalmente supermercado, viu-se em meio ao caos de conseguir e precisar atender todos, mas evitando o contato físico e aglomeração.
Os supermercados são empresas que, em sua maioria, têm uma maior resistência à tecnologia, portanto a pandemia veio para chacoalhar e forçar esse muro dos lojistas com as startups especializadas em varejo.
Então uma vez que o varejo/supermercado seja a especialidade de muitas empresas, é natural pensar em desenvolver algo para esse momento. Mas nunca ninguém imaginou como isso seria difícil, é como se fosse criar uma nova empresa.
Fazer tudo isso dá muito trabalho e consome um tempo que não se tem, além de ser custoso. Gerenciar novos projetos, montar um squad para esse projeto e dedicar somente a isso, fazer um MVP, pesquisas, precificação, testar com cliente real…
Um método muito utilizado nas empresas é a matriz de valor, e para pensar em desenvolvimento de novas tecnologias/produtos ela também precisa ser utilizada.
Tendo em vista todo o esforço, tempo/horas de trabalho, custos financeiros e resultado do trabalho, pergunte-se: Valeu a pena desenvolver em casa? Se o resultado não for satisfatório é hora de pensar: Existe uma solução que pode nos atender, já pronta, funcional e rentável? E o custo dela?
Por isso é muito importante avaliar se sua empresa tem capital para investir em qualquer um dos casos, validando com a necessidade de retorno.
Você tem tempo para desenvolver, testar, corrigir, melhorar? Ótimo, prepare seu time para um novo projeto e desafiem-se!
Não tem tempo, mas tem um capital para aquisição ou pretende realizar uma fusão? Prepare para alinhar com os times, ser transparente e rapidamente trabalhar na integração e adaptação de todos.
Avaliar parcerias, aquisição ou fusão é algo que precisa ser muito bem pensado e discutido entre os tomadores de decisão da empresa, pois pode mudar o rumo de toda uma história, mas o foco sempre deve ser a evolução da empresa e atender uma dor do cliente.
Quando se decide por uma fusão, precisam estar preparados para se comunicarem, entenderem seus papéis, seus momentos e funções nesse novo cenário.
É um processo que precisa ser trabalhado em conjunto, afinal “Se queremos progredir, não devemos repetir a história, mas fazer uma história nova.”(Mahatma Gandhi).
Luana Souza é head de CX e Marketing Estratégico da IZIO, startup do Cubo Itaú. Se formou em marketing e apaixonada por juntar processos e pessoas, se especializou em Customer Experience. Tem um canal no Instagram onde dá dicas do universo CX @papodecx e no Cubo Itaú é embaixadora de Customer Success, reunindo os profissionais dessa área para meetups e troca de informações.