* Por Fernanda Pauletti
Quando buscamos por profissionais de tecnologia para trabalhar com a gente, sempre tentamos equilibrar avaliando tanto o perfil técnico quanto o humano de cada um dos candidatos. Prezamos pelo cuidado, qualidade de trabalho e relações interpessoais, focando em colaboradores que tenham os valores pessoais alinhados com os valores da empresa. Isso é fundamental para construirmos um ambiente saudável, com boa comunicação e engajamento.
Um dos segredos para isso é entender a importância das chamadas soft skills.
A expressão em inglês nada mais é do que o conjunto de competências da personalidade e comportamento do profissional. Por exemplo: inteligência emocional; habilidade de se relacionar com os outros e com suas próprias emoções; saber como lidar com situações que nem sempre saem como o esperado, entre outras. Nesse contexto, aqueles profissionais que conseguem desenvolver tanto o lado profissional quanto o pessoal, possuem um diferencial na sua carreira.
Valorizamos essas habilidades no momento da seleção de novos talentos e incentivamos os colaboradores a potencializá-las durante sua trajetória profissional. Principalmente, porque temos um direcionamento focado em pessoas, o que chamamos de people–centric, ou seja, estamos nos adaptando às mudanças que a sociedade vem realizando. Mas como esse direcionamento bateu à nossa porta?
Se pararmos para pensar, inicialmente, lá no final da Revolução Industrial, o foco das empresas era diretamente nos produtos, o chamado “product-centric“. Elas estavam preocupadas em serem eficiente, exclusivamente, em produzir um produto bom e distribuí-lo. Até porque naquela época não tinha tanta concorrência entre elas.
Depois, com o avanço da globalização, as empresas focaram no cliente e veio a era do “customer-centric“, na qual o poder de escolha era algo que estava em evolução, ganhando bastante força.
Finalmente, com a internet e a tecnologia, abriu-se um espaço para que se trabalhasse o lado humano nas empresas, então as organizações people–centric ganharam força, já que entenderam que a construção de relacionamentos humanos gera muito mais frutos para quem investe nisso. E, se pararmos para pensar, faz bastante sentido empresas de tecnologia serem organizações voltadas também para o desenvolvimento do lado humano dos profissionais, ou seja, atentas às soft skills de seus colaboradores e candidatos.
Existem diversas pesquisas que reforçam que as soft skills trazem mais foco, engajamento, motivação e produtividade em times e temos o privilégio de poder observar isso na prática. Isso por meio de, por exemplo, de treinamentos que realizamos para o desenvolvimento de lideranças; análise transacional; comunicação não-violenta; foco na gestão agile e a transparência na comunicação interna. Tudo priorizando em uma gestão horizontal que certamente nos ajuda a construir um ambiente receptivo à valorização das soft skills.
Claro que, além disso, é fundamental reforçar que, cada vez mais, trabalhamos com pessoas e muitos times, portanto entendemos a importância de saber lidar com diferentes perfis, backgrounds e histórias diversas, assim como necessidades ímpares de cada colaborador faz parte da sua empresa. Além de uma grande variedade de processos, que estão em constante atualização e evolução, é preciso também desenvolver habilidades a mais para acompanhar e liderar todas as pessoas.
* Fernanda Pauletti, gerente de RH da KingHost, é formada pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul e atua na empresa há mais de 5 anos.