As Healthtechs tiveram um crescimento exponencial nos últimos dois anos. Um estudo, divulgado anualmente pela Associação Brasileira de Startups (Abstartups), detalha como está o segundo maior segmento de startups do país, atrás apenas das Edtechs.
Segundo o mapeamento, o Brasil, mesmo antes da Covid-19, era o maior mercado de saúde da América Latina. Das 215 startups mapeadas, 45% foram criadas entre 2019 e 2021, identificando uma forte relação entre a pandemia e o desenvolvimento de ideias disruptivas no setor para a melhora da qualidade de vida dos brasileiros.
“Muitas startups foram criadas especificamente para as demandas da pandemia e com a melhora da situação estas soluções vão deixar de serem necessárias, mas a tecnologia desenvolvida para isso, assim como o know-how adquirido, vai permitir que sejam criadas novas respostas para outros problemas”, comenta Luiz Othero, Diretor Executivo da Abstartups.
De acordo com a Associação, em 2020, cerca de 30% das healthtechs receberam juntas mais de R$ 31 milhões de investimentos, e somente 7,1% não captaram recursos por não conseguir investidor. Ainda segundo a pesquisa, uma das grandes tendências do mercado é a transformação digital, introduzindo modelos assistenciais como computação em nuvem, telecomunicações 5G, inteligência artificial, interoperabilidade de dados e analytics no ecossistema de saúde.
Em resumo, o mapeamento mostra que 57% das healthtechs mapeadas já receberam investimentos, 50% atuam no mercado B2B2C, tendo como foco comercial outras empresas para atender o consumidor final. Em 2020, 57% das startups de saúde expandiram o seu time de colaboradores, 46% estão passando pela fase de atração e escala e mais de 32% de todas as startups do país estão concentradas no Estado de São Paulo. Em proporção, de cada 10 healthtechs brasileiras, 5 estão na capital paulista. Sul e Nordeste também são destaques, e representam, junto com Sudeste, as principais regiões que impactam no avanço do ecossistema de saúde.
O objetivo do estudo é identificar as oportunidades e os desafios que as healthtechs têm enfrentado e analisar os impactos da Covid-19 para o segmento de saúde, contribuindo assim com o melhor entendimento e visualização do cenário atual do setor.
Healtechs: 45% das startups de saúde brasileiras foram criadas nos últimos dois anos
Startupi
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