A PayHop, fintech que viabiliza crédito para varejistas comprarem de seus fornecedores utilizando recebíveis de cartão como garantia ou BNPL (buy now pay later), recebeu um aporte de R$ 11,5 milhões. A rodada seed foi liderada pela Experian Ventures, braço de Venture Capital da Serasa Experian, além de DOMO Invest e Citrino Gestão. Com a rodada, a PayHop vai investir em recursos para aceleração comercial, além do crescimento do time de tecnologia e produto. A expectativa é crescer em 4x o número de colaboradores e em 10x o número de fornecedores clientes da startup.
Criada há dois anos e operando há sete meses, a PayHop é a primeira fintech brasileira que une em uma única plataforma uma solução para fornecedores e varejistas. Para o varejo, o uso do recebível como garantia facilita o acesso ao crédito junto a seus fornecedores e reduz despesas com antecipações junto às maquininhas. Para a indústria, o uso de recebíveis permite que eles vendam mais com menor risco de crédito.
“Nascemos para atacar uma dor relevante em um mercado enorme, trazendo para as cadeias produtivas B2B uma nova forma de garantia real: os recebíveis de cartão de crédito. A solução PayHop vem em linha com a nova regulamentação que o Bacen implementou em junho do ano passado. Nosso objetivo é baratear o custo de crédito para os varejistas e transformar estes recebíveis em garantia para que eles possam comprar mais produtos de seus fornecedores e com mais prazo.”, explica Eduardo Rossi, fundador e CEO da fintech.
O investimento somado à parceria facilita o acesso a crédito, especialmente para os varejistas, além de ir em encontro com o objetivo da Serasa Experian de buscar novas formas para simplificar e facilitar o acesso a crédito para pessoas e empresas. “Identificamos na PayHop um importante fit estratégico. Um dos principais desafios ao crédito para varejistas é o de análise do risco de inadimplência, por conta da falta de histórico de crédito e de pagamento. Com isso, temos no Brasil baixo nível de acesso a crédito deste segmento, resultando em uma importante ineficiência de mercado. A solução oferecida pela PayHop em parceria com a Serasa Experian endereça precisamente esta dor, permitindo ao fornecedor vender mais a seus clientes varejistas e com menor risco de crédito nas vendas a prazo”, diz Fabrini Fontes, Chief Investment Officer da Serasa Experian.
“Vamos além do tradicional investimento de Venture Capital ao também aportar valor estratégico e comercial para as investidas. Desta forma, a Payhop obterá acesso a recursos que podem acelerar ainda mais sua trajetória de crescimento” diz Tiago Ladeia, líder do programa de Corporate Venture Capital da Experian na América Latina.
Marcello Gonçalves, sócio na DOMO Invest, destaca o potencial da startup no setor em que está inserida. “O mercado de cartões totalizou mais de R$ 2,5 trilhões em 2021, sendo R$ 1,6 trilhão só de crédito. Trata-se de um segmento em franca expansão e que tende a se movimentar ainda mais em 2022 e nós acreditamos que o time da PayHop está super preparado para suportar as demandas desse mercado e oferecer soluções inovadoras para suas dores”.
Já para Marcelo Cabral, sócio da Citrino, a parceria potencializa o negócio na economia real. “Nós estamos acompanhando a fintech PayHop desde o início e percebemos seu potencial de solucionar um importante gap de um mercado em expansão. Podemos facilitar o acesso a potenciais clientes, além de usarmos nossa expertise em mercado financeiro e gestão para acelerar o crescimento da PayHop”, explica.
De acordo com Arthur Fontana, fundador e CTO da PayHop, o movimento vai permitir não só o investimento em expansão e fortalecimento do time, como também trará acesso a uma rede de oportunidades. “Vamos alavancar uma relevante sinergia estratégica com a Serasa e teremos a oportunidade de acessar um canal de distribuição de clientes totalmente em linha com o nosso core business, além de termos ao nosso lado a expertise em mercado financeiro e gestão da Citrino e o comprovado know how de company building da DOMO Invest”, finaliza.
* Foto em destaque: Eduardo Rossi, CEO, e Arthur Fontana, CTO, da PayHop
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