A goFlux acaba de receber um importante investimento de R$ 6 milhões de dois fundos. Um deles é a SP Ventures, principal fundo de venture capital com atuação focada em AgTechs na América Latina e o outro a ADM Venture Capital, braço de investimentos em startups e inovação do Grupo Rendimento.
Criada em 2018, a goFlux é uma logtech que surgiu para atuar em um dos maiores gargalos do transporte rodoviário brasileiro: a contratação de frete. A plataforma inteligente que possui forte atuação no setor agrícola, trouxe para o mercado um conceito mais dinâmico de cotação, negociação, contratação e gestão de transportes rodoviários com foco no B2B, conectando embarcadores e transportadoras do setor.
Com o aporte, a startup deve acelerar ainda mais seu crescimento, não somente no setor agrícola com o transporte de commodities, mas também mirando novos segmentos. Segundo Rodrigo Gonçalves, fundador e CEO da goFlux, o propósito da startup é ser a bolsa de fretes do Brasil, agregando as soluções logísticas e financeiras da plataforma para o mercado de transporte. “Nessa nova fase, investiremos para aumentar e consolidar nossa liderança em alternativas logísticas digitais para o agronegócio e focar bastante nos produtos financeiros, como antecipação de recebíveis para transportadoras”, destacou.
A goFlux pretende transacionar R$ 2,5 bilhões em fretes em 2021, algo em torno de 1,3% do mercado Brasileiro, estimado em R$ 200 bilhões anualmente – sem contabilizar a última milha, apenas em longas distâncias – e dobrar esse resultado em 2022. Outro objetivo importante de curto prazo está em ampliar a atuação de antecipação de recebíveis por parte das transportadoras que, em média, recebem até 30 dias depois do serviço prestado.
“Nossa plataforma atua como uma mesa digital de contratação de frete digitalizando todo processo e registro de documentação. Assim temos o acompanhamento em tempo real de que o serviço foi contratado e executado corretamente. Dessa forma conseguimos converter o recebível da transportadora em pagamento no mesmo dia do frete realizado, ajudando-as a melhorar seu fluxo de caixa”, explica Gonçalves.
O crédito do pagamento antecipado é feito em conjunto com o Banco Rendimento, parceiro da goFlux. A empresa tem ainda a intenção de diversificar as fontes de financiamento estruturando um FIDC próprio até o fim de 2021. De acordo com o Gonçalves, a expectativa da goFlux é atingir R$ 1 bilhão em fretes antecipados até o fim de 2022. “O agronegócio é o nosso principal mercado e pretendemos ser ainda maiores e dominantes no setor, oferecendo produtos financeiros e de inteligência em fretes”, afirma o CEO da goFlux.
Futuro
Com o aporte, a goFlux planeja investir principalmente em tecnologias como Machine Learning, algoritmos preditivos para frete, e blockchain para sustentação das operações financeiras. Além disso, está no plano o foco em certificações em compliance com a Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD). Ainda segundo Gonçalves, neste novo ciclo de investimento a ideia é alavancar dois produtos importantes da marca. Um é o goFlux View, uma plataforma que usa big data e algoritmos preditivos para ajudar empresas a precificar fretes futuros, algo super relevante em setores com preços de fretes voláteis como o agronegócio. E o outro foco é o “goFlux Na Conta”. “Temos o propósito de ajudar na digitalização, mas também melhorar a relação de fluxo de caixa das mais de 1.500 transportadoras conectadas ao nosso ecossistema”, finaliza.
Foto de destaque: Rodrigo Gonçalves CEO da goFlux.
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