Banco Inter e Stone anunciaram ao mercado na segunda-feira, 24 de maio, um acordo que une as duas instituições financeiras. A Stone vai subscrever até 2,5 bilhões de reais em ações ordinárias ou units que serão emitidas em uma oferta subsequente (follow on) do banco digital, segundo fato relevante.
O investimento deixará a fintech com até 4,99% do capital do Banco Inter, ao preço fixado de 57,84 reais por unit (depósito de ações) e de 19,28 reais por ação ordinária, já considerando o desdobramento anunciado na semana passada. O preço implica um desconto de 3% sobre o fechamento da unit na última sexta-feira, 21 de maio. A Stone irá efetuar o pagamento com parte do caixa e dívida que pode ser levantada no mercado, sem emissão ou uso de ações.
A transação une dois dos players que estão liderando a corrida pela inovação no setor financeiro do país: a Stone em meios de pagamento e o Inter como um banco digital que aposta no modelo do one-stop-shop por meio de um marketplace de serviços financeiros. De um lado, os sócios-fundadores da Stone, André Street e Eduardo Pontes; do outro, o empresário Rubens Menin e o CEO do Inter, João Vitor Menin.
O acordo também dará à Stone, cujas ações são negociadas na Nasdaq desde o seu IPO em outubro de 2018, o direito de recusar qualquer proposta que o Inter venha a receber de venda do controle em um período de seis anos. E poderá indicar um dos nove integrantes do conselho de administração do banco mineiro.
O Inter também comunicou ao mercado que está em fase final de estudos de uma reorganização societária que pode levar à migração de seus acionistas para uma nova companhia cujas ações devem ser listadas na Nasdaq.
Sinergias exploradas
A parceria entre a Stone e o Banco Inter irá além da base societária, segundo os termos divulgados. Vai fortalecer as estratégias cross-selling (vendas de produtos de outras categorias, como crédito) para clientes das duas instituições.
Um exemplo é a oferta de serviços financeiros diversos do InterShop para a base de mais de 650.000 clientes pessoas jurídicas, especialmente varejistas, da Stone (segundo dados do quarto trimestre); outro é melhorar a experiência mobile entre clientes tanto da Stone como do Inter, cuja base superou os 10 milhões de clientes.
Fonte: Exame
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