A Elleve, fintech de crédito educacional, anunciou a captação de R$ 28 milhões em sua primeira rodada de investimento, liderado por sócios da própria fintech e fundos de investimento privados com participações no mercado educacional, bem como startups já consolidadas. O recurso será empregado em evolução tecnológica (inteligência artificial), contratação e formação de equipes e no modelo sustentável de financiamento.
A startup também fez a emissão de debêntures que totalizam R$ 123 milhões e que serão aportados ao longo dos próximos 18 meses. “Isso nos trará solidez e fôlego para suportar o crescimento do volume de alunos financiados. Mesmo na pandemia, notamos um crescimento de 100% nas solicitações de crédito mês a mês. A pandemia acelerou o desenvolvimento do ensino híbrido e cursos à distância.”, explica André Dratovsky, fundador e CEO da Elleve, formado em Administração de Empresas pela ESPM e Inovação Empreendedora pela Universidade de Stanford.
Em seu primeiro ano de operação, a empresa tem como desafio atrair e impactar seis mil estudantes e chegar a mais de 30 mil em 2022. Até o momento, já são 60 escolas aderentes e vinculadas aos programas de financiamento como Impacta, Mentorama, Be Academy, FM2S, 4ED, Ironhack, entre outras que, juntas, já somam mais de 40 mil alunos.
Um dos diferenciais da Elleve, além do foco que oferece para impacto na carreira, é que as taxas variam de 0% a 1,99% ao mês, dependendo do programa. O modelo permite acesso aos jovens, independentemente da situação sócia-econômica em cursos de profissionalização, gerando emprego e renda no futuro. Do lado das escolas e instituições de ensino, a solução customizada possibilita uma captação maior de alunos, redução no nível de evasão, além de antecipação de mensalidades.
“O ensino superior tradicional há tempos deixou de ser a única opção para o sucesso profissional. A educação profissional mais especializada, por meio de cursos livres ou técnicos, é um caminho mais curto e tangível, de modo que conseguimos torná-la muito mais acessível, de forma fácil e rápida a um público que, até hoje, se desenvolve em grande parte apenas por meio da ´experiência da vida´”, assinala o empreendedor.
De acordo com dados do último Censo EAD (2016/2017) existem quase 3 milhões de alunos matriculados em cursos livres à distância sejam eles corporativos ou não corporativos. Já segundo o último censo do IBGE, em 2019, o país registrou 9,3 milhões de estudantes no ensino médio, dos quais 7,1% frequentavam algum tipo de curso técnico. Essa modalidade de ensino também foi registrada dentre 49,3 milhões de pessoas que haviam concluído o ensino médio (5,2%).
Inteligência artificial na análise financeira
Com o uso da AI, mesmo alunos negativados ou sem nenhum histórico de crédito, conseguem o financiamento dos cursos. Por essa razão, a Elleve tem em seu processo a curadoria das escolas parceiras, garantindo que o esforço do aluno de fato trará ganho em sua trajetória profissional, assim como a sua escolha.
“Quanto maior o potencial de impacto de um curso, além de outros fatores, mais permissiva será a nossa análise de crédito aos alunos. Inspiramos e ajudamos o jovem a conduzir o seu caminho profissional de forma promissora, seja qual for sua vocação ou herança socioeconômica, além de ser uma oportunidade de desbravar um segmento carente de opções financeiras acessíveis e criativas”, diz.
Contribuímos para a formação de alto nível desses jovens, assim como ajudamos na formação intelectual e social, munindo-os de conhecimento sólidos e conectados com a realidade e mudanças globais. “A Elleve atua como antídoto neste sentido, traz uma solução financeira com juros acessível que beneficia tanto escolas (reforço no caixa e aumente de matrículas) quanto alunos, permitindo o ingresso a esses cursos, bem como garante o retorno do investimento refletido, posteriormente, na própria empregabilidade”, finaliza o executivo.
Profissões do Futuro
O Fórum Econômico Mundial 2021 listou as principais áreas em que estão concentradas as carreiras mais promissoras como: Saúde, Dados e Inteligência Artificial, Engenharia e Computação em Nuvem, Economia Verde, Pessoas e Cultura, Desenvolvimento de produtos, Vendas, Marketing e Conteúdo. Segundo a pesquisa, essas novas áreas podem criar até 1,7 milhões de novas oportunidades ainda em 2020 e, até 2022, outros 6,1 milhões de empregos devem ser criados.