A startup Kyte, que oferece uma plataforma de vendas e gestão para digitalização de pequenos comércios, acaba de finalizar sua primeira rodada de investimentos no valor de R$ 5,5 milhões – somados os aportes feitos pela DGF Investimentos e pelos fundos Caravela Capital e Honey Island Capital. Apesar de ter apenas três anos e uma equipe enxuta de 25 colaboradores, a startup que nasceu em Florianópolis (SC) já atende com seu aplicativo mais de 25 mil usuários espalhados por 143 países, principalmente Estados Unidos, México e Filipinas, além do Brasil.
Com o capital investido, a startup pretende continuar expandindo suas operações e sua base global de clientes. A estratégia de crescimento será focada em três pilares: ampliação da equipe, investimento em marketing e desenvolvimento de novos recursos para o aplicativo.
“Ficamos felizes em poder escolher os parceiros ideias para esta rodada, que, além do capital, poderão nos ajudar com conhecimento, experiência e networking, aspectos tão importantes quanto o dinheiro para os desafios de uma scale up”, comenta Guilherme Hernandez, CEO da Kyte.
A expectativa é dobrar o número de colaboradores já no primeiro semestre de 2021. Também haverá uma expansão do aplicativo para as plataformas web e tablet, assim como um foco maior na integração para vendas por meio de redes sociais, como Facebook, Instagram e WhatsApp.
Em relação a novas soluções, a empresa pretende apostar no processamento de pagamentos para agregar mais valor ao app e facilitar o gerenciamento dos pequenos comércios com o Kyte Pay. Atualmente, o aplicativo aceita pagamento online com cartão, carteira digital, link de pagamento e integração com maquininhas de cartão da SumUP e do Mercado Pago. Além disso, a expectativa é dobrar o número de colaboradores já no primeiro semestre de 2021. Também haverá uma expansão do aplicativo para as plataformas web e tablet, assim como um foco maior na integração para vendas por meio de redes sociais, como Facebook, Instagram e WhatsApp.
“Além de um time muito forte, observamos nos resultados já conquistados que a Kyte está conseguindo capturar a oportunidade global efetivamente. É essa combinação de produto, mercado global e empreendedores fora da curva que buscamos no DGF Investimentos. Nossas experiências passadas com investimentos semelhantes só reforçam nossa convicção de que existe muito espaço para que a Kyte cresça de forma exponencial”, explica Frederico Greve, sócio diretor do DGF Investimentos.
Acompanhando a expectativa de crescimento, a Kyte também foi uma das selecionadas para a nova turma do programa de aceleração Scale-up, promovido pela rede global de apoio ao empreendedorismo Endeavor, além de ser uma das participantes do programa Facebook Accelerator: Commerce.
“A Kyte conquistou uma base global de clientes desde o estágio inicial da companhia sem que houvesse captado um funding relevante. Isso mostra o potencial da plataforma. Estamos empolgados com a competência do time e qualidade do produto para atender cada vez mais clientes no mundo todo”, comenta Mario de Lara, cofundador e sócio da Caravela Capital.
Para Mariana Foresti, sócia gestora do fundo Honey Island Capital, “a Kyte pretende oferecer uma experiência completa, desde a escolha do produto ou serviço até a efetivação da transação, agregando serviços financeiros e facilidade, movimento que casa com a nossa expertise em fintechs”.
Vocação internacional
Para os sócios, o rápido crescimento da empresa se deve à estratégia de Product Led Growth (PLG), onde se coloca o produto à disposição dos clientes o mais rápido possível para que eles percebam seu valor e, depois, assinem um dos planos. O método permitiu lançar o app em todo o mundo sem exigir equipe específica e presença física em outros países.
“Nós costumamos dizer que a Kyte nasceu global. Eu já tinha uma experiência internacional em outra empresa onde percebemos que as dores básicas sub-atendidas do pequeno comerciante eram as mesmas no mundo inteiro. Então, lançamos a primeira versão do aplicativo em português, inglês e espanhol, imaginando o grande leque de países em que gostaríamos de atuar”, explica o CEO da startup.
O objetivo da Kyte é democratizar o acesso a ferramentas de vendas e gestão, trazendo para o celular de autônomos e pequenos empreendedores recursos que antes só estavam disponíveis em softwares para computadores. “O app começou como um ponto de vendas mobile, mas, com o tempo, fomos expandindo e inserindo novas funcionalidades importantes para nosso público”, enfatiza Guilherme. Hoje, a plataforma conta com cadastro de produtos e de clientes, controle de estoque, gestão de pedidos, emissão de recibos, integração com redes sociais e até um catálogo online que funciona como uma lojinha virtual, entre outros recursos. Em 2020, com o avanço acelerado da digitalização dos comércios, a Kyte registrou um crescimento de 217% da base de clientes e 331% de faturamento.
Os 10 países mais estratégicos são Estados Unidos, México, Indonésia, Filipinas, Malásia, Argentina, Chile, Reino Unido e Espanha, além do Brasil, que concentra cerca de 45% dos usuários do app. “Fomos percebendo que países tinham mais interesse na nossa proposta de valor e somente a partir disso desenvolvemos um trabalho maior de análise do mercado e de Customer Development”, detalha o Head of Growth da Kyte, Ivan Farias.
O grande número de clientes também se deve ao modelo freemium, com uma versão gratuita e outra paga com mais funcionalidades – que, hoje, tem 22 mil assinantes. A startup ainda segue o Fair Price Program, em que são criados preços diferenciados de acordo com o poder de compra médio da região. No Brasil, o plano PRO custa R$ 19,90 por mês.
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