Pela disputa de mercado, empresas se colocaram em uma “corrida” por inovação para segurar o público e dominar cada vez mais seus ecossistemas. Mas nem sempre essas inovações acabam sendo um sucesso de público por não terem tecnologias realmente úteis ou que não se adaptaram ao momento em que foram lançadas.
Com tecnologias que prometiam muito mais do que realmente eram necessárias, o mercado carrega alguns cases que se sagraram como fracassos de mercado, mesmo sendo lançados por grandes marcas.
Inovações que chamaram a atenção mas que não foram um sucesso:
1- TVs 3D
Quando a nova tecnologia tridimensional chegou nos cinemas, telespectadores foram impactados com aquela que seria a nova revolução para as mídias visuais. Não demorou muito para que a tecnologia fosse levada para a casa das pessoas, 24 milhões de TVs com capacidade 3D foram vendidas globalmente em 2011, esse número subiu para mais de 41 milhões, em 2012.
Mas alguns fatores foram responsáveis por matar a ideia antes mesmo que ela se tornasse uma febre entre os espectadores. No começo, usuários reclamavam de dores de cabeça ao passar muito tempo utilizando a tecnologia, além dos altos preços cobrados, que eram mais do que o dobro de um televisor com dimensões similares.
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Além disso, faltaram conteúdos para a televisão. Apesar de adaptar qualquer mídia para o 3D, nem sempre o resultado era o ideal e ainda era preciso comprar películas específicas para o formato 3D, que também eram mais caras do que as normais. O fracasso dos televisores 3D foi decretado em 2016, onde os canais 3D foram desligados e empresas do mercado, como LG e Samsung, encerraram a produção do produto.
2- Project Glass
O óculos de projeção foi uma tecnologia que chamou atenção com o lançamento do Google Glass, um projeto inovador que inseria uma tela na lente de óculos para passar informações em tempo real para o usuário. A ideia sugeria que o óculos fosse utilizado ao longo do dia para receber notificações e outras informações usuais.
Mas a falta de funcionalidades e o estilo duvidável foram motivos que levaram ao fracasso da tecnologia. Com o tempo, o Google Glass não passava de um preview de notificações para os celulares, que não se mostrava eficaz já que ainda era necessário a utilização dos aparelhos para poder responder ou ver mais informações sobre o aviso.
Lançado em 2013 por US$ 1.500, o Google Glass se mostrou um fracasso desde o começo, sendo descontinuado em 2015. Com o tempo, a tecnologia acabou sendo adaptada e incluída em projetos de óculos de realidade aumentada/virtual, que hoje já conta com compatibilidade com vídeo games.
3- Blu-ray
O formato de disco Blu-ray foi lançado no mercado em 2006, um ano antes do lançamento do Streaming da Netflix. A primeira geração de players de Blu-ray e filmes em Blu-ray foi disponibilizada aos consumidores como uma evolução do DVD, oferecendo maior capacidade de armazenamento e qualidade de vídeo aprimorada.
Desde o seu lançamento, o Blu-ray tem sido amplamente utilizado como um formato popular para filmes, programas de TV e conteúdo de alta definição. Mas a chegada de serviços de streaming aos poucos foi extinguindo a utilização de mídias físicas para os filmes.
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Ainda hoje, são lançados filmes em formato Blu-ray, mas que são direcionados para aficionados das películas ou colecionadores.
4- Smartphones com Stylus
Os celulares com canetinhas, também conhecidos como smartphones com canetas stylus, foram lançados pela primeira vez no início dos anos 2000. Ainda sem tecnologias touch, as telas interativas à pressão eram mais direcionadas para o público executivo, mas nunca mostrou ser realmente útil, principalmente depois do lançamento do iPhone que permitia o toque com o próprio dedo.
Principal marca do mercado a utilizar a tecnologia Stylus, a Samsung apresentou ao mercado a inovação em 2011, com o lançamento do Galaxy Note, que já contava com a ferramenta inclusa. Com a descontinuação da linha Note em 2021, muitos acreditaram que também seria o fim da Stylus, mas ela foi incluída no novo flagship da marca no último ano, o Galaxy S22 Ultra.
5- Kinect
Inovação criada pela Microsoft, o Kinect nasceu em 2009 para inovar o mercado de vídeo games e trazer a possibilidade de jogar jogos sem a utilização de um controle em mãos. O sensor funcionava como uma câmera que captava os movimentos do jogador e transferia para o jogo, mas acabou não vingando pela falta de compatibilidade dos jogos.
Logo no lançamento, o Kinect foi bem recebido pelo mercado de games e chegou a ser vendido acompanhado do console da marca no momento, o Xbox 360. Poucos jogos realmente transformaram a experiência com o uso do Kinect, como Just Dance e jogos criados pela empresa para estimular a inovação.
Apesar do sucesso inicial, o Kinect não teve uma adoção massiva e, em 2017, a Microsoft anunciou que não continuaria produzindo o dispositivo.
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