* Por Exame.com
A pandemia causada pelo novo coronavírus fez com que as distâncias se acentuassem, acelerando o mercado de drones em todo o mundo. Sem sair de casa, consumidores buscam por comodidade na hora de comprar — e agentes em todo o mundo já se preparam para essa mudança.
A Irlanda, por exemplo, está prestes a ter seu próprio serviço de entregas de produtos médicos por drones. Na Austrália, é possível comprar itens de supermercado, como leite e pão e recebê-los por meio dos equipamentos não tripulados. Já na China, os drones já estão sendo usados para fins médicos, como coleta de exames e transporte de insumos médicos. Nos Estados Unidos, o Walmart anunciou em setembro que iria dar início a um projeto de entrega de kits de teste de coronavírus atrvés de drones automatizados.
E o Brasil corre atrás do prejuízo para avançar. Nesse sentido, o Instituto Hermes Pardini fechou uma parceria com a Speedbird para o desenvolvimento da logística aérea não tripulada de material biológico em drones, marcando uma fase para a medicina diagnóstica no Brasil.
Com a proposta de diminuir o tempo entre a coleta e o resultado de diferentes exames (entre eles, o da covid-19), além de contribuir com a redução de emissão de CO2, o programa terá uma primeira etapa de testes de transporte de amostras com drones. Na prática, vai funcionar assim: através de uma ferramenta de rastreamento, será possível acompanhar o transporte das amostras em tempo real, mostrando aos laboratórios parceiros o estágio do translado que cada amostra se encontra.
A expectativa do grupo é que na primeira quinzena de dezembro, os primeiros voos de demonstração sejam realizados. A parceria é estratégica: até hoje, a startup brasileira Speedbird é a única companhia autorizada a fazer entregas por drones no país. Ainda assim, há etapas a serem discutidas para seu pleno funcionamento com a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), que impõe limitações para a realização dos testes.
Atualmente, a empresa conta com uma malha logística que coleta mais de 300 mil amostras por dia para serem processadas. Através de uma ferramenta de rastreamento, é possível acompanhar o transporte das amostras em tempo real, mostrando aos laboratórios parceiros o estágio do translado que cada amostra se encontra.
Mesmo com a demora na regulação, outras empresas em território nacional também estão de olho nesse mercado. Recentemente, o iFood anunciou testes para realizar a entrega comida, desde que o peso da refeição escolhida não ultrapasse os dois quilos.
* Por
Karina Souza, para a Exame.com