Ano novo, vida nova? Será que tudo muda? Tudo melhora? Tudo continua? O que nos espera? Para onde estamos caminhando? Quais tendências você está enxergando? E, mais especialmente: está investindo no surgimento de alguma outra tendência? Responda abaixo!
Como exemplo, veja abaixo as tendências que o pessoal Brazil Innovators identificou. Em destaque: o fortalecimento do ecossistema por meio da vinda de grandes “startups” internacionais, a força das comunidades online, grandes empresas e governos fazendo inovação junto, mobile, “além do digital”, mais investidores (especialmente anjos), networking e influenciadores.
O pessoal da TrendWatching também compartilhou conosco algumas tendências do primeiro Trend Bulletin das Américas do Sul & Central:
1. STATUS SMARTS (INTELIGÊNCIA-STATUS) – Ser inteligente é o novo símbolo de status
2. CIVICSUMERS (CÍVICONSUMIDORES) – Cidadãos que impulsionam mudanças, uma cidade de cada vez.
3. BITTER REALITY (VERDADES CRUÉIS) – Porque os consumidores irão encarar a realidade. Por mais feia que ela seja
4. PROTECTIVE TECH (TECNOLOGIA QUE PROTEGE) – Por que em 2014, as marcas deveriam proteger e servir.
5. LIFE ON DEMAND (VIDA: SOB DEMANDA) – 2014: o ano de poupar tempo.
Já o pessoal do ConsumerLab, área da Ericsson que há mais de 15 anos reailza pesquisas para explorar os valores, comportamentos e modos de utilização dos usuários de produtos e serviços de TIC, aponta 10 grandes tendências de consumo para o mundo – e aí também podemos enxergar o Brasil. O programa de pesquisa global é baseado em entrevistas anuais com mais de 100 mil pessoas em mais de 40 países e 15 megacidades. Júlia Casagrande, especialista do ConsumerLab da Ericsson no Brasil, afirma: “A mais importante tendência que vemos é a demanda em massa por aplicativos e serviços em todas as indústrias e setores da sociedade – o que tem o potencial de mudar radicalmente a vida cotidiana”.
Tendências segundo o ConsumerLab:
- Aplicativos que mudam a sociedade: A rápida aceitação mundial de smartphones mudou completamente a forma como nos comunicamos e usamos a internet. Agora, entramos em uma nova fase de rapidamente diversificar o uso do smartphone ̶ e as pessoas estão à procura de aplicativos em todos os setores da sociedade. Isso inclui tudo, desde compras e creche até comunicação com autoridades e transporte. Os aplicativos estão se tornando mais importantes do que o telefone que você usa.
- Seu corpo é a nova senha: Sites estão exigindo senhas cada vez mais longas com uma mistura de números, letras e símbolos quase impossíveis de se lembrar. Isso está levando a um crescente interesse por alternativas biométricas. Por exemplo, a pesquisa descobriu que 52% dos usuários de smartphones querem usar suas impressões digitais em vez de senhas – no Brasil, o número sobe para 79%,- e 48% estão interessados em usar o reconhecimento de íris para desbloquear sua tela. Um total de 74% acredita que smartphones biométricos se tornarão comuns durante 2014.
- Auto quantificação: Pressão arterial, frequência cardíaca e passos são apenas alguns exemplos de como queremos nos medir por meio de dispositivos móveis, utilizando dados personalizados. Você só precisa utilizar um aplicativo para rastrear suas atividades e se conhecer melhor. Um total de 40% dos usuários de smartphones quer utilizar seu telefone para registrar todas as suas atividades físicas e 56% desejaria monitorar sua pressão arterial e frequência cardíaca usando um anel. No Brasil, os números são de 45% e 69%, respectivamente.
- Internet em qualquer lugar: Os usuários de smartphones estão percebendo que as barras de sinal em seu telefone não fornecem informação tão fidedigna, uma vez que o sinal bom para chamadas de voz pode não ser bom o suficiente para os serviços de internet. .
- Smartphones reduzirão a exclusão digital: O acesso à internet em escala global ainda é inadequado e desigualmente distribuído, dando origem ao que é conhecido como exclusão digital. O advento dos smartphones mais baratos significa que os consumidores não precisam de dispositivos caros para acessar serviços de internet. Um total de 51% dos usuários acha que seu celular é seu produto tecnológico mais importante e, para muitos, está se tornando um dispositivo primário para o acesso à internet.
- Benefícios on-line superam preocupações: Com a Internet se tornando cada vez mais parte integrante de nossas vidas, os riscos associados a estar conectado se tornam mais evidentes. 56% dos usuários que entram diariamente na internet se preocupam com questões de privacidade. No entanto, apenas 4% dizem que eles realmente usam menos a internet por essa razão. Em vez disso, os consumidores utilizam estratégias para minimizar o risco, como ser mais cautelosos sobre o tipo de informações pessoais que fornecem.
- Vídeo no comando. Apesar de ter mais opções de mídia, parece que estamos menos propensos a escolher nós mesmos o que vamos assistir. Na verdade, os nossos amigos são particularmente influentes quando se trata da escolha dos vídeos. Descobrimos que 38% dos entrevistados dizem assistir, várias vezes por semana, a vídeos recomendados. Os amigos têm quase tanto impacto quanto os blogs que lemos e as músicas que escutamos. No Brasil, 46% dos usuários afirmam assistir vídeos postados por outras pessoas diariamente ou, pelo menos, várias vezes por semana; 34% recomendam aos amigos assisti-los e 36% utilizam dicas de vídeos postadas por amigos.
- Dados visíveis. Um total de 48% dos consumidores usa aplicativos para entender melhor seu consumo de dados. Enquanto 41% apenas quer saber quantos dados usam, 33% quer ter certeza que suas faturas de cobrança estão corretas e 31% se preocupa em não ultrapassar o plano da operadora. A pesquisa também revelou que 37% dos usuários de smartphones usam aplicativos regularmente para testar a velocidade de sua conexão. A amostra brasileira chega a 53%.
- Sensores em lugares comuns: À medida que os serviços interativos de internet se tornaram costumeiros, os consumidores esperam, cada vez mais, que o ambiente ao seu redor acompanhe essa tendência. Até o ano de 2016, 60% dos usuários de smartphones acreditam que sensores serão usados em todos os setores, desde a área de saúde até o transporte público, tanto em carros quanto em casas e escritórios.
- Aperte o play, pause e recomece em qualquer lugar. Como 19% do total de tempo de fluxo de vídeo (streaming) é usado em telefones ou tablets, os consumidores estão migrando cada vez mais para outros locais onde assistem TV no seu dia-a-dia. Por exemplo, eles podem começar a ver um conteúdo em casa, pausar e recomeçar enquanto voltam do trabalho para casa. Enquanto mudam de lugar, é possível que também mudem de dispositivo.
Você concorda? Discorda? Está enxergando outras coisas?
Foto de abertura: DaniAndGoerge/Flickr (CC)