* Por Túlio Mêne
Tudo muda quando tudo muda e se não estamos atentos, quando menos percebemos estamos observando o jogo de dentro do campo. O F.O.M.O, sigla em inglês que significa “medo de estar perdendo algo” não nos coloca em posição “Atenção” mas sim, de estar em constante intenção.
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A principal moeda da economia criativa é a influência. Ao observar um levantamento feito pelo Influencer Marketing Hub, percebi que o mercado de influenciadores segue em crescimento e deve fechar 2023 valendo mais de R$ 100 bilhões, número 28,7% maior se comparado a 2022. Ao olhar este número isolado podemos até constatar que é uma boa notícia, já que o número de usuários nas redes sociais não para de subir, o Brasil, inclusive, é o terceiro país que mais consome redes sociais no mundo todo, certo?
Mas, se tem algo que os anos neste mercado fez, foi me tornar um questionador. Mesmo com a diminuição de barreiras de entrada e a cada vez mais criadores formando comunidades com suas bases de fãs e até observando muitas marcas, especialistas e até startups apostando nesse mercado, mantendo o setor cada vez mais aquecido. Algo me diz que precisamos considerar novas regras neste jogo da comunicação com intenção.
Os criadores de conteúdo precisam se profissionalizar pois terão seus desafios em 2024, pois está cada vez mais difícil prever a próxima onda com o aumento significativo da competitividade. Como bem disse Antoine de Saint-Exupéry ” Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas.” Por isso as marcas – e o público – exigirão cada vez mais dos “seus” influenciadores, principalmente, no que diz respeito à autenticidade, qualidade e relevância do conteúdo. Diante disso, algumas ferramentas e estratégias podem auxiliar os criadores na hora de entregar um conteúdo que conquiste contratantes e, por sua vez, consumidores.
Fiz aqui uma lista com algumas das principais tendências do mercado de influência para 2024, confira:
Principais tendências de 2024
Inovação e Inteligência Artificial
Segundo a pesquisa Panorama 2024 realizada pela Câmara Americana de Comércio, mais 60% dos executivos entrevistados consideram que a Inteligência Artificial será a tendência mais revolucionária para suas companhias no próximo ano. Fato é que a IA vai mexer com o mercado como um todo e não seria diferente com o setor de influência.
Em alguns casos, a inteligência artificial pode ser usada na criação de conteúdos, como imagens, vídeos e etc, além de ajudar a personalizar os posts, gerenciar campanhas e analisar desempenho. Para as marcas, a inovação é uma aliada na hora de encontrar o influenciador certo para determinado projeto e também para medir engajamento.
Um exemplo de criador que já usa IA no dia a dia, é o quarto maior canal infantil do Brasil, o “3 Palavrinhas”. Com mais de 8 bilhões de visualizações, o canal usa Inteligência Artificial para aperfeiçoar seus conteúdos e para conhecer melhor seu público-alvo, permitindo entregar um conteúdo mais personalizado.
Influencers de nicho
As marcas ainda buscam e continuarão buscando, em 2024, influencers que são dedicados a um tema específico e bem definido, já que contratar influencers nichados direciona melhor as campanhas para o público-alvo correto, possibilitando mais chances de retorno.
Media for equity deve ganhar mais espaço
Media for equity é um modelo de financiamento alternativo que permite que startups troquem publicidade e marketing por capital na sua empresa. Neste ano, foi lançado o primeiro fundo independente de media for equity do Brasil, a 4Equity – Media Ventures, que escala startups por meio de mídia. Recentemente, o fundo anunciou parceria com o QuintoAndar para disseminar a divulgação da startup do ramo imobiliário em veículos de comunicação regionais.
Outro exemplo de troca de mídia por equity são as parcerias entre influenciadores e marcas, como Anitta e a Skol Beats, nesse caso a cantora e influenciadora se tornou Head de Inovação e Criatividade da marca e lançou diversos produtos, trocando influência por participação na empresa. Outro caso é do ator Ryan Reynolds, que tornou-se sócio da Aviation Gin, em 2018, promovendo grande exposição à marca. Como resultado, a companhia foi vendida dois anos depois para a Diageo por US$610 milhões.
Presença em diversas redes sociais
Estar em todos os canais é imprescindível para os influenciadores conquistarem mais espaço. É muito importante que os criadores se posicionem em todas as redes e explorem diversos públicos e formatos. Aqui não basta postar o mesmo conteúdo no Instagram, YouTube e Tik Tok, por exemplo, mas pensar em estratégias para cada mídia. Além disso, ativos como WhatsApp, Kwai e Facebook (sim, o Facebook também) estão em alta e podem ser uma boa fonte de renda.
Quem aposta nesse mercado de influência e ajuda creators a crescer, é a startup One Big Media, uma mediatech que identifica e desenvolve criadores, conectando marcas a audiências originais. Com uma metodologia própria de cocriação e growth, a empresa ajuda influencers a ganhar audiência engajada e conta com mais de 570 milhões de views mensais em seus 470 canais gerenciados, entre eles AutoMotor (do Reginaldo Leme) que já alcança mais de 7 milhões de visualizações e Deive Leonardo com 9 milhões de seguidores no Youtube.
Autenticidade é a chave do bom conteúdo
Os usuários das redes estão mais atentos e até mais desconfiados de influenciadores que aparentam estar forçando suas opiniões ou promovendo produtos que não acreditam. Diante disso, as marcas também vão buscar parcerias com influenciadores que conversem com o público de forma autêntica.
Já ouviu aquela máxima que diz “o jogo só acaba quando termina”, independentemente se você é um influenciador, marca ou agência. Pra mim a chave para o sucesso é o trabalho em rede, adesão a tecnologia e principalmente colaboração. Só o conhecimento compartilhado é o que vai levar a indústria criativa a novos patamares.
* Túlio Mêne é cofundador do M&P Group e sócio – um dos maiores grupos de comunicação e inovação do país – e sócio da Non Stop – referência na América Latina em marketing de influência.
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