O mercado financeiro, em especial o bancário, enfrenta uma transformação revolucionária impulsionada pela tecnologia e inovação, além da crescente ênfase na inclusão e diversidade, na construção de produtos. Não é novidade que a tecnologia tem sido o catalisador da disrupção no mercado bancário, seja através da aproximação com as startups e fintechs, seja no lançamento de novas soluções como o uso de blockchain ou de inteligência artificial.
Estimativa da 100 Open Startups revela que o segmento de Open Innovation no Brasil movimentou R$ 6,4 bilhões em contratos e parcerias com startups, nos últimos 12 meses. Além disso, o Corporate Venture Capital (CVC) tem se mostrado uma forte tendência para o ecossistema com 116 corporações brasileiras já tendo investido em startups do país, em 433 rodadas, de acordo com dados do Sling Hub e da ACE Cortex.
Embora as parcerias sejam fundamentais para o desenvolvimento de novos negócios, o carro chefe deste processo é a inovação, ou seja, a pedra angular dessa transformação. Inclusive uso este termo propositadamente pois ele surge muito antes de qualquer criação tecnológica que usamos atualmente. É a inovação que possibilita a criação de soluções e a tecnologia é o meio para viabilizar tudo isso. Com essa combinação, os bancos hoje conseguem criar tantas jornadas diferenciadas de seus produtos e serviços bancários.
Em um passado não muito distante, as áreas de produtos e de tecnologia dos bancos operavam de forma isolada, com comunicação limitada e com objetivos até de certa maneira divergentes. No entanto, a inovação mudou esta dinâmica. Hoje a convergência destas áreas é essencial para o sucesso no mercado financeiro, em constante evolução. Dados da 100 Open Startups mostram que os setores tradicionais que mais buscaram startups na hora de inovar foram os de “Bens de Consumo e Alimentação”, “Serviços Financeiros” e “Varejo e Distribuição”.
É reconhecido como os aplicativos móveis transformaram a forma como as instituições financeiras operam, onde precisam estar presentes fisicamente e até como os clientes interagem com dinheiro. Isso resultou em maior conveniência, eficiência e acessibilidade para os consumidores. Dados da pesquisa Hábitos Mobile 2022, com mais de 2.000 brasileiros que têm smartphone, apontam que 62% dos entrevistados utilizam apps bancários.
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Colaboração e sinergia entre parceiros
A inovação requer uma abordagem integrada, onde as áreas de tecnologia e de criação de produtos trabalhem em conjunto, com estreita colaboração. A sinergia entre a visão estratégica das equipes de produto e a capacidade técnica das equipes de tecnologia resulta em produtos ou soluções mais ágeis, eficazes e centradas no cliente. Ainda segundo o levantamento da 100 Open, o desenvolvimento de novos produtos é o principal resultado gerado quando o assunto é a inovação nas corporações, alinhado com a expectativa de criar novas fontes de receita (39%).
Neste processo a criação de times multidisciplinares, garantindo diferentes perspectivas e olhares em relação à necessidade dos clientes é fundamental. É até curioso imaginar que pessoas com características semelhantes ou mesma expertise poderiam (ou queriam) criar produtos ou soluções diferentes, de diferentes contextos sozinhas. Um contrassenso, por exemplo, era não considerar que uma parcela significativa da base do setor bancário eram mulheres e que, no entanto, inversamente proporcional era a participação feminina em bancos ou em faculdades de tecnologia.
Não à toa, os bancos passaram também por essa transformação, e hoje vemos mais mulheres em posições de liderança ou imersas em processos de criação. Equipes mais diversas e multidisciplinares propiciam um ambiente inovador. Dessa forma, surgem novas soluções, novas perspectivas e um olhar diferenciado para lidar com as necessidades do cliente final.
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