* Por Laís Cesar
O SXSW é um dos maiores eventos de inovação do mundo, além de um grande palco para debater o futuro da tecnologia e do trabalho de maneira criativa. Como esperado, empresas como Disney, OpenAI, 23andMe, entre outras, nos apresentam os resultados obtidos ao longo dos anos e os demonstram através de exibições e estudos.
Para melhorar ainda mais, o Brasil se afirma como um dos principais países geradores de inovação ao compor a maior delegação presente no evento. Estão presentes players como Tecnopuc e Banco Itaú, que promovem o evento e incentivam empresas brasileiras proeminentes a comparecer.
A Alana AI é uma dessas empresas. Somos uma Scale-up de inteligência artificial que possui uma contribuição única: é uma AI nativa em língua portuguesa com capacidade de competir localmente com empresas como Amazon, Google e Microsoft.
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O primeiro dia do SXSW começou com uma explosão de inovação. No palco, Josh D’Amaro nos apresentou como a magia acontece diariamente nos parques da Disney e compartilhou o empenho da empresa em criar momentos de felicidades com as pessoas que os frequentam. Mais do que criar os espaços físicos, a Disney usa estratégias de placemaking para construir sociabilidade, conforto e conexões.
Josh mostrou no palco diversos protótipos, tornando ainda mais óbvio para nós, espectadores, a relação que a Disney tem com a inovação: ambos andam lado a lado. Foi exibido, durante a apresentação, o famoso sabre de luz do filme Star Wars, que precisou de 100 protótipos para chegar no resultado esperado.
Também vimos o robô com personalidades que andava de patins, completando uma das apresentações que se configura como uma das mais impressionantes e com uma das maiores demonstrações tecnológicas.
Além de inovação e tecnologia, o SXSW trouxe um olhar sobre a organização do trabalho na época em que vivemos. Um dos talks que chamou muita atenção foi o “Menos é mais: movimento mais rápido com 4 dias de trabalho por semana”. Com um forte embasamento, estudo e experiências, as empresas que estavam presentes só trouxeram lados positivos da iniciativa.
O Reino Unido adotou a iniciativa em fevereiro deste ano após realizar uma série de experimentos e estudos durante seis meses, desde junho de 2022. Os palestrantes, que também testaram o modelo, trouxeram um parecer muito semelhante: o número de profissionais afetados por Burnout diminuiu, ao mesmo tempo em que o nível de satisfação e felicidade no trabalho aumentaram.
Além das inúmeras temáticas discutidas no SXSW, o evento contou com uma exposição de criatividades da qual nós não poderíamos ficar de fora. Nessa feira são mostradas tecnologias de todo o mundo em excelente qualidade. Estamos extremamente orgulhosos de estarmos presentes nesta exposição, mostrando nossa tecnologia de ponta a todo o ecossistema e evento.
Inteligência Artificial é foco no SXSW
Dentre as exibições, Marcel Jientara, CEO da Alana, considera que o principal destaque foi a apresentação consistente de Anne E. Wojcicki, CEO da 23andMe. Como pioneira em uma solução para o consumidor final em mapeamento de DNA, Anne compartilhou sua visão de como a AI pode acelerar a prevenção de doenças e não apenas o acesso aos dados.
Anne foi firme em seu posicionamento contra o status quo na área da saúde e falou sobre como players tradicionais, como seguradoras, desejam manter o sistema como está, pois é mais lucrativo. Mesmo custando centenas de milhares de vidas de maneira desnecessária.
“Ela está claramente construindo uma das mais poderosas plataformas de saúde no mundo, capaz de no futuro pautar o dia a dia das pessoas para que tenham maior longevidade e qualidade de vida”, disse Marcel Jientara.
A abordagem de Anne reforça pilares de um negócio sólido, através dos quais evita especulações e foca em seu consumidor de médio e longo prazo.
Em termos de AI no SXSW, estamos vendo primariamente a atenção voltada para a AI generativa, suas potenciais implicações e impactos. Em paralelo, contamos também com apresentações sobre as aplicações de AI nos mais diversos campos, de metaverso até design espacial.
Logo nos primeiros dias do festival tivemos até a presença do presidente da OpenAI, Greg Brockman, para falar sobre todos os tópicos difíceis em torno do uso da tecnologia que eles disponibilizaram. Estes tópicos são: os princípios éticos envolvidos, como os empregos das pessoas serão afetados, como a desinformação deve piorar com o advento dessa tecnologia e quais serão os próximos passos.
Infelizmente o keynote deixou sua audiência frustrada, pois nenhuma das questões relevantes foram realmente respondidas. Quem teve a oportunidade de ver, como é o exemplo de Marcellus Amadeus, Chief Scientist e cofundador da Alana, saiu da sala com a mesma impressão de quando entrou: o debate desses assuntos é realmente o interesse da OpenAI?
De modo geral, palestras sobre AI generativa estão sendo mais exploratórias, além de possuírem um formato mais aberto ao diálogo. Devido a constante progressão da inteligência artificial, os líderes dessas aplicações ainda possuem muitas perguntas e estão procurando encontrar mais respostas.
* Laís Cesar é Head of Open Innovation da Alana AI, Scale-up de inteligência artificial participante dos ciclos Santiago e Chicago do Startup OutReach Brasil, programa gratuito de internacionalização de startups brasileiras
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