* Por Yvon Gaillard
A Black Friday é uma das datas mais esperadas pelas empresas, especialmente pelas varejistas. Em poucas horas, é possível alcançar resultados fantásticos de vendas que geram uma grande receita. Mas esse alto volume de operações requer alguns cuidados – e os problemas fiscais merecem uma atenção especial.
Entre os principais problemas fiscais na Black Friday está a falta de capacidade para emissão de Nota Fiscal Eletrônica – NFe, com pedidos chegando a cada minuto, muitas empresas enfrentam dificuldades para processar as informações e emitir os documentos necessários justamente nesta data, uma das mais importantes do ano.
As guias em atraso são outro fator que geram multas e juros, com a equipe fiscal sobrecarregada, o processamento das guias também pode ficar comprometido. Como consequência disso, as guias deixam de ser pagas – gerando multas e juros que podem reduzir os ganhos obtidos com as vendas na Black Friday.
Os varejistas também devem ficar atentos aos atrasos na entrega de mercadoria, pois engana-se quem pensa que o atraso na entrega de mercadorias é uma responsabilidade somente da área de logística. Na verdade, o departamento fiscal possui um papel essencial nessa rotina: emitir os documentos fiscais necessários para que os caminhões possam sair para realizar as entregas em dia, sem ocasionar dores de cabeça para o consumidor ou para a marca.
Outra consequência negativa que pode ocorrer por conta do aumento das operações na Black Friday é a ausência da documentação necessária para que os caminhões passem pelas barreiras fiscais. Com isso, sua empresa pode ter caminhões parados em postos fiscais – gerando mais custos extras.
Por fim, o alto fluxo de operações pode comprometer o armazenamento correto dos documentos fiscais emitidos ao longo da Black Friday.
Black Friday e compliance fiscal
Diante de tantos problemas o compliance fiscal ganha uma importância ainda maior nesse período para os varejistas. Os custos de uma operação manual no departamento fiscal podem se tornar ainda maiores durante a Black Friday – além de gerar uma corrida contra o tempo para cumprir todas as exigências sem interferir no desempenho de vendas.
Todas as vendas para consumidor final localizado em outro estado exigem que a mercadoria siga viagem apenas com a GNRE paga e autenticada pelo banco. Isso significa que essa é uma exigência que precisa ser cumprida rapidamente para garantir a entrega dos produtos ao consumidor no tempo previsto.
Para cada guia, um único funcionário gasta, em média, 10 minutos no processo manual de emissão e pagamento. Em uma loja que vende 100 unidades no mês, o funcionário necessita de quase 16 horas do mês apenas para fazer emissão e pagamentos de GNRE. Com o crescimento no volume de vendas na Black Friday, uma organização pode ter muitos problemas para processar todo o fluxo de informações.
A pior coisa que uma organização pode desejar é conseguir atrair um grande número de consumidores ao longo da Black Friday, mas ter problemas fiscais no processamento dos pedidos, atrasando todas as entregas. Sendo assim, as chances de fidelizar os clientes podem ser comprometidas pela insatisfação gerada por conta do atraso no recebimento do produto.
Para evitar isso e lidar com o aumento do volume de operações da Black Friday, o segredo está no uso da tecnologia de automação fiscal. As organizações que utilizam soluções para automatizar o processo de emissão e pagamento dos documentos fiscais eliminam a dependência de processos manuais – que são mais lentos e consomem recursos da empresa.
Apostando nos recursos tecnológicos sua empresa pode focar no aumento das suas vendas sem preocupações ou problemas com o Fisco.
Yvon Gaillard economista e cofundador da Dootax, startup pioneira na automação de rotinas fiscais.