* Por Ana Debiazi
Impulsionado pela transformação digital, o mundo dos negócios inovadores é o futuro muito mais presente do que imaginamos. Isso porque, há pouco tempo, o mercado brasileiro abriu as portas para as startups despontarem com soluções disruptivas, gerando transformações significativas nas formas de empreender e na vida de nós, reles mortais. Afinal, hoje, por exemplo, é quase impossível imaginar nossa vida sem as facilidades já criadas por essas companhias.
O setor que respira inovação mudou o mercado, assim como a maneira de nos locomovermos, alimentarmos, procurarmos acomodações para viagens, pagarmos nossas contas e assim por diante.
Para compreender todo esse potencial em números, em apenas quatro anos (2015 a 2019), o total de startups no Brasil saltou de 4.151 para 12.727 – aumento de 207%, de acordo com dados da Associação Brasileira de Startups (Abstartups). Mas, para esse cenário continuar rumo ao infinito e além, neste momento o que ele mais precisa é, de fato, de novas e boas ideias.
É notório que há muita demanda no mercado, seja na indústria, seja na saúde e até mesmo na implementação de inteligência artificial. No entanto, muitas novas startups surgem com produtos similares; há poucas companhias nascendo com soluções realmente inovadoras, disruptivas. Portanto, para entrar no universo da inovação, é necessário analisar as tendências e escutar o que o mercado está pedindo nos dias de hoje.
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Após essa validação, as corporate venture builders, ou CVBs, surgem para guiar e facilitar toda a jornada das startups. Só para resumir um pouco o contexto, veja só estas comparações: uma startup caminhando sozinha chega à série A em aproximadamente 56 meses; com uma CVB, a média baixa para 25,2 meses. Ainda sozinhas no jogo, essas empresas levam em média de 6,6 anos para fazerem seu exit, já as startups acompanhadas por uma VB atingem esse estágio em 3,8 anos.
A verdade é que uma CVB une startups, investidores, mercado e estratégia operacional. O principal objetivo em cena é ajudar negócios a ganhar tração, escala e chegar na tão sonhada fase de late stage. Ainda, quem sabe, a consagrar uma startup camelo (por mais que a maioria tenha a ambição de se tornar unicórnio, o camelo se adequa a todas as situações da macroeconomia).
Na prática, uma corporação que se associa a uma startup possui um ecossistema grandioso de clientes, fornecedores e parceiros para chancelar a entrada dessa startup em seus negócios. Para os fundos de investimento e investidores, apostar em uma companhia que é do portfólio de uma CVB significa mitigar riscos, pois a venture tem um nome a prezar junto ao mercado, uma história.
No estudo feito pela Global Startup Studio Network, chamado Why the Startup Studio Model is Where Investors Find Capital Efficiency, há um case de sucesso da Idealab. Entre as mais de 100 startups do seu portfólio, 75% tiveram sucesso, 35% fizeram IPO ou foram adquiridas e 5% viraram unicórnios. Enquanto num fundo tradicional de VC, que integrou 1,1 mil startups em seu funil de captação, 33% tiveram sucesso, 28% fizeram IPO ou foram adquiridas e apenas 1% se tornou unicórnio.
Fato é que as CVBs/VBs têm o skin in the game, ou seja, são organizações que conhecem o mercado e contam com bom relacionamento; ajudam a startup desde a governança até a contratação de pessoas e compartilham com os fundadores o fardo de tracionar uma empresa sem recursos suficientes.
De volta às origens das startups, o mundo precisa mesmo é de novas boas ideias. No mais, as CVBs estão a postos para direcionar tudo o que vem a partir do movimento da inovação.
Ana Debiazi é CEO da Leonora Ventures, corporate venture builder com DNA inovador e com proposta de trazer soluções para os setores de educação, logística e varejo e promover a aproximação entre organizações já consolidadas e startups.
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