Em operação há mais de quatro anos, a Uotel anuncia o rebranding da marca, com mudança de nome para NOMAH e recebe um aporte de R$ 50 milhões da Loft. O montante será utilizado nos próximos três anos para aperfeiçoar a área de tecnologia e potencializar a expansão de unidades.
Nesta nova etapa, a startup quer oferecer apartamentos para quem precisa de flexibilidade no tempo, praticidade na vida e conforto na experiência em estadias e moradias flexíveis. Além disso, a empresa deseja reforçar a missão de revolucionar a gestão de ativos imobiliários através da tecnologia, transformando espaços e potencializando investimentos.
A NOMAH trabalha com investidores institucionais que desejam investir em ativos residenciais de renda, (alavancados pela baixa nas taxas de juros) e incorporadoras, através de parcerias para gestão dos ativos de seus clientes. A NOMAH cuida desde a pagadoria de contas e manutenção dos apartamentos até a gestão de todas as locações flexíveis, trazendo tecnologia e eficiência para todas as unidades.
História da NOMAH
Fundada em 2016, por Thomaz Guz e Fabio Bertini, a empresa surgiu da percepção dos sócios sobre as possibilidades de hospedagens. De um lado havia opções de hotelaria, em sua maior parte, caras, com serviços que muitas vezes não eram utilizados e com ambientes que transpareciam a frieza de um hotel.
Por outro lado, havia opções de aluguéis de casas direto com o proprietário, mas que não ofereciam um serviço padrão e o usuário nunca sabia o que iria encontrar. Com isso, veio a motivação de oferecer ao cliente uma nova alternativa, disponibilizando a locação de apartamentos residenciais de maneira flexível, com padrão, qualidade e permitindo que o cliente possa escolher apenas os serviços que de fato quer usar.
“O conceito de locação flexível ainda é pouco explorado e queremos que todo mundo conheça e tenha acesso a este tipo de serviço, esta é nossa grande paixão e desafio. Acreditamos que nosso forte diferencial é permitir que nossos clientes tenham acesso à um apartamento confortável em poucos cliques, em um processo com pouco atrito, de maneira flexível, utilizando as unidades NOMAH da forma que faz mais sentido para ele, seja em termos de uso, localização, tempo de estadia (1 dia ou meses) ou serviços a serem utilizados, sempre com o apoio da tecnologia, desde a reserva até a saída, oferecendo a melhor experiência possível ao usuário. Isso é praticidade”, explica Thomaz Guz, CEO da startup.
Como funciona
A empresa trabalha tanto com estadias short stay, como long stay. Antes da pandemia, a média de diárias dos usuários no modelo short stay era de 2 dias, hoje são 4 a 5 dias. Por outro lado, este ano já mostrou que 15 a 20% do portfólio da startup está alugado no modelo long stay, um aumento de 300% de janeiro para fevereiro na locação desta modalidade mais longa e registrando uma tendência de crescimento, já que hoje algumas pessoas podem ficar mais tempo longe de casa, por conta do home office.
As unidades NOMAH variam de tamanho e também precificação. Os apartamentos vão de 20 a 75m² e estão em diversos bairros de São Paulo, desde a zona sul, como a Vila Nova Conceição, até o centro da cidade. “Quando falamos em short stay temos um ticket médio de R$200,00. Já no long stay, o aluguel mensal fica em torno de R$4.000,00 com todas as contas pagas, como condomínio, IPTU, água, luz, atendimento 24h e internet. Além disso, as duas modalidades têm acesso aos serviços adicionais de fornecedores parceiros dentro da nossa plataforma, como limpeza e café da manhã, sob demanda”, explica. O CEO também conta que a startup investe em inteligência de preço, que analisa os valores de acordo com demanda e concorrência para precificar as unidades e oferecer ao cliente o valor mais justo.
O setor e as perspectivas da startup
Com a redução da taxa de juros do Brasil em patamares históricos, o investimento para renda residencial ganhou muita atratividade frente aos investidores, com cada vez mais espaço. Nos Estados Unidos é um mercado enorme e no nosso país temos um potencial imenso de crescimento. Segundo dados da Câmara Brasileira da Indústria da Construção Civil (CBIC), estima-se que o mercado imobiliário terá um crescimento entre 5% e 10% em 2021, em relação ao ano passado.
“O novo posicionamento da NOMAH acompanha o movimento do mercado, trazendo como propósito a melhoria do setor imobiliário, com um mindset ambicioso de expansão, usando como principal aliado a tecnologia para sustentar o negócio e beneficiar os clientes, que também recebem uma nova forma de se hospedar e morar na cidade”, explica.
No início de 2020, a empresa possuía 200 unidades sob gestão. Atualmente, são 400 apartamentos sob administração em São Paulo e mais 200 que estão para entrar em operação. A startup visa chegar a 1.200 unidades, inclusive em outras capitais, até o fim de 2021. A NOMAH quer transformar as moradias flexíveis em experiências práticas, confortáveis e tecnológicas, tudo isso dentro de ambientes inspiradores e modernos.
Segundo Fabio Bertini, co-fundador e responsável pela área de Arquitetura e Engenharia da NOMAH, desde o primeiro apartamento sob administração da empresa a experiência do cliente sempre foi prioridade. “Para isso, temos um olhar especial tanto na operação quanto nos projetos, que trazem nos detalhes da arquitetura dos apartamentos, itens de alta qualidade e sensação de aconchego. Desde uma ótima cama para descansar, ducha incrível, layout inteligente, até uma iluminação agradável. Tudo é planejado para que o cliente tenha uma experiência diferenciada e padronizada nos apartamentos NOMAH para que não tenha surpresas ao chegar no imóvel”, conta Bertini.
“O propósito da NOMAH é oferecer conforto inteligente para os clientes e mais rentabilidade e conveniência aos investidores. Trabalhando sempre com canais diversificados, com precificação inteligente e atendendo os dois públicos de inquilinos B2C e B2B”, complementa o CEO. Segundo Guz, a NOMAH quer ser uma referência nesse tipo de experiência, do cliente poder alugar espaços de maneira flexível, trazendo ao mesmo tempo uma solução aos investidores imobiliários.
NOMAH como um ativo residencial
Para expandir, a NOMAH aposta em dois parceiros: o primeiro deles são os investidores institucionais, fundos de investimentos e investidores imobiliários que já possuem apartamentos como ativos, mas que não tem a melhor gestão possível.
Portanto, a ideia é que a startup potencialize a rentabilidade desses ativos oferecendo ao cliente final padronização e conforto, aumentando a atratividade do imóvel. E por outro lado, na parceria com as incorporadoras a startup faz contratos de exclusividade, permitindo que a incorporadora ofereça aos seus clientes a solução completa de gestão NOMAH, sem dor de cabeça.
A startup oferece aos investidores uma solução completa. “Ao fechar a parceria com a NOMAH, desenvolvemos o projeto do apartamento, fazemos o levantamento dos valores da obra junto às empreiteiras parceiras e o investidor precisará apenas aprovar e pagar o valor da reforma pela padronização. Em seguida, administramos tanto a obra quanto as estadias nos apartamentos já com tudo que o imóvel precisa para receber os clientes”, pontua Guz.
Outra classe de ativos que a NOMAH tem visto que também faz sentido é o retrofit (processo de modernização de um empreendimento) em hotéis, flats e até prédios comerciais, os transformando em residenciais e potencializando sua rentabilidade.
“O jeito NOMAH traz em seus valores o acolhimento, pois é assim que nascem experiências memoráveis, trazendo agilidade em oferecer soluções e facilitar os caminhos para a melhor experiência, que vai desde a cama gostosa à liberdade de ser você mesmo e ter uma vida que vale a pena ser vivida. Além disso, acreditamos que cada trajetória é única, portanto a flexibilidade está fincada em nossos ideais para que nossos clientes possam escolher quanto tempo querem ficar, como e quando usar os nossos apartamentos e serviços”, finaliza o CEO.
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