Em tempos em que o comércio se digitaliza e migra parte relevante de suas vendas para o on-line, muitas lojas ainda enfrentam dificuldades para otimizar a etapa do checkout, um dos motivos mais frequentes para abandono de carrinhos globalmente. Para resolver esse problema, a Compra Rápida desenvolveu uma solução inteligente que acelera o processo de compra e venda, aumentando a conversão de clientes para lojas de todos os setores de e-commerce.
A startup, que surgiu durante a pandemia, acaba de receber um aporte de R$ 4 milhões liderado pela Iporanga Ventures, com participação da Verve Capital, anjos estratégicos e da Y Combinator, uma das maiores aceleradoras de startups do mundo, pela qual passaram nomes como Airbnb, Rappi, Dropbox e Twitch. Os empreendedores da Compra Rápida vão participar do próximo batch do programa de aceleração, que acontece a partir de janeiro no Vale do Silício. O aporte será utilizado para expandir as equipes de tecnologia e produto.
A plataforma utiliza o modelo de “one-click-buy”, em que o consumidor faz o cadastro uma única vez e, a partir de então, realiza a compra como se fosse um cliente frequente em todos os e-commerces que utilizam o sistema. A Compra Rápida reconhece clientes cadastrados e mostra dados como endereço e método de pagamento para serem conferidos. Além disso, o sistema se adapta aos provedores de pagamento e antifraude do lojista. O resultado é um checkout em média 52% mais rápido do que o padrão e um aumento de até 44% na conversão das compras.
Engenheiros pela Poli-USP, os fundadores Mário Marcoccia e Rafael Gibelli passaram por empresas como Bain & Company, a HRtech Allya, e a foodtech LivUp – em que Gibelli liderava a equipe que reestruturou o checkout; de onde surgiu a semente da Compra Rápida.
“A dificuldade de otimizar a etapa do checkout é muito grande e todos os e-commerces ganham com uma solução inteligente que agiliza o processo para o consumidor final, aumentando a conversão do e-commerce”, diz Gibelli.
O modelo de negócios da startup se baseia na cobrança de uma pequena porcentagem sobre novas compras de clientes já cadastrados. Essa taxa pode variar de acordo com o volume de compras transacionado por cada lojista. A startup começou a operar em junho de 2021 e, desde então, cresceu em oito vezes o número de lojas, somando clientes de todo o Brasil e dos mais diversos setores, do vestuário ao alimentício, passando por cosméticos, artigos para o lar e bem-estar. A Bolt, startup que oferece solução similar para o e-commerce dos Estados Unidos, já vale US$ 6 bilhões, após ter captado US$ 400 milhões em outubro de 2021.
“Percebemos que as empresas gastam muitos recursos para aprimorar seus checkouts. Nós conseguimos oferecer isso já pronto, a custos muito menores e trazendo resultados superiores”, diz Marcoccia. “Estamos muito bem posicionados sendo os primeiros na América Latina a fazer isso.” O foco atualmente está no Brasil, mas a startup não descarta expandir suas operações para toda a América Latina no médio prazo.
“A Compra Rápida já apresenta um produto inteligente ao focar na experiência do cliente final, apesar de ser uma empresa B2B. Ao aumentar o NPS das lojas, a plataforma aumenta também a performance do e-commerce e os índices de venda no geral. Considerando o ritmo do comércio online no Brasil e na América Latina como um todo, o potencial de escala da startup é gigantesco”, diz Leonardo Teixeira , sócio da Iporanga Ventures.
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