Com um valuation de R$ 12 milhões, a startup de Viçosa (MG), Contajá, que tem cerca de mil clientes ativos, e oferece serviços de soluções contábeis, regulatórias e tributárias para micro e pequenas empresas por meio da plataforma desenvolvida pela fintech, levantou R$ 1,2 milhão em apenas 43 horas, em rodada liderada pela CapTable e atraiu 312 investidores que realizaram aportes a partir de R$ 1 mil.
Para o Co-CEO da Contajá, João Henrique Costa, essa captação concluída reforça ainda mais a trajetória de crescimento e de resultados que a fintech entrega no mercado desde sua abertura.
“Nosso crescimento acelerado é fruto do entendimento da Contajá de que as micro e pequenas empresas realmente buscam nesse mercado: baixo custo, agilidade na entrega e experiência do usuário”, detalha João.
Apoio às pequenas e médias empresas
A fintech Contajá está no mercado para ajudar as pequenas e médias empresas a buscarem maior facilidade para resolver questões burocráticas ligadas à contabilidade e tributos fiscais. Muitas empresas que estão começando sua atuação no mercado sofrem por não poderem contar com serviços de custo acessível ou que não são muito eficientes.
A startup oferece, de forma online, serviços mais ágeis e práticos do que os disponíveis pelos escritórios tradicionais. O valor da assinatura anual para as empresas chega a ser 90% inferior ao praticado pelo mercado de contabilidade. A conhecida burocracia, que quem busca esse serviço costuma encontrar, é solucionada pelo uso de tecnologia que desenvolve comunicação com órgãos públicos e de registro.
“A disrupção nesse mercado vai além de um processo de transformação digital que o setor viu nos últimos anos. É necessário o desenvolvimento de tecnologias customizadas dentro de uma plataforma como a nossa que seja capaz de suportar o crescimento, imprimir agilidade e alongar o LTV (Life Time Value) dos clientes”, reforça Alan Basso, Co-CEO da Contajá.
Seguindo a linha B2B como modelo de negócio, a startup possibilita que as empresas possam optar em iniciar negócios contando com os serviços da startup, ou simplesmente migrar para a plataforma.
João Henrique ainda afirma que com a captação realizada na plataforma da CapTable, o principal objetivo da startup é de ajudar as pequenas e médias empresas a conquistarem um espaço no mercado sem ter problemas fiscais e burocráticos com contabilidade.
“Com o aporte recebido, esperamos que mais pessoas olhem e participem desse mercado de contabilidade online. E eles podem ser de outros players – que terão uma enorme barreira tecnológica a superar -, investidores e até mesmo novos consumidores entre as milhões de empresas no Brasil que precisam de contabilidade. Na Contajá eles encontrarão as soluções ideais para as necessidades dos empreendedores nesse campo”, explica Costa.
Foco no crescimento
A ideia surgiu em 2016, quando João Costa e Alan Basso ainda eram estudantes de Ciências Contábeis na Universidade Federal de Viçosa (UFV). Os sócios fundadores da Contajá perceberam que pequenas empresas sofriam por não terem uma solução prática para resolver questões financeiras e decidiram desenvolver a startup.
Em 2018, a plataforma foi lançada e o sucesso não demorou a vir com a adesão imediata de 80 clientes em seu portfólio. O crescimento era questão de tempo. Quando a plataforma atingiu a marca de 200 clientes, foi criada a Contajá 2.0, focada na jornada do cliente e com maior potencial de escalabilidade.
O ano de 2020 da Contajá encerrou com 400 clientes na sua carteira. Neste ano, a startup dobrou o número de clientes e triplicou o faturamento. Com o crescimento, passou a demandar por profissionais que dessem conta do ritmo de trabalho de uma startup em expansão. Para este fim, foi anunciada a contratação do CTO Rafael Marim, graduado em Ciências da Computação na mesma universidade, além de um time de desenvolvedores experientes.
O valor captado pela startup buscará melhorar serviços e conquistar novos clientes. 58% do aporte levantado será destinado a ampliação dos times de TI e comercial. 25% do recurso será direcionado a campanhas de marketing, enquanto os últimos 17% serão destinados a aquisição de licenças tecnológicas.
“Estamos diante da maior oportunidade de crescimento e de ganho de participação de mercado da história da contabilidade no Brasil. Crescer uma centena de novos clientes por mês, como estamos fazendo, significa adicionar mensalmente o tamanho superior ao de um escritório tradicional à base de clientes. Esses escritórios levavam décadas para terem um tamanho de carteira de clientes que hoje a Contajá entrega por mês com os novos usuários da plataforma”, finaliza Basso.
Foto de destaque: Alan Basso e João Costa CEOs da Contajá. ( Crédito:Divulgação Contajá).
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