A Assina Saúde, empresa de saúde digital que desde 2019 tem a missão de promover o acesso a medicina de qualidade para as classes C e D, recebeu um aporte de R$ 8 milhões da Astella Investimentos.
Agora a startup passa se chamar Kompa Saúde e mira os seus esforços no desenvolvimento de novas tecnologias como o uso de Inteligência Artificial. Este movimento faz parte dos planos de expansão no mercado brasileiro. Hoje, a startup que projeta um crescimento de mais de 300% até o fim deste ano, possui 58 colaboradores, atua em 4 estados e já atendeu mais de 3 mil pacientes de maneira remota.
“A palavra Kompa tem origem na palavra companheiro. É uma maneira autêntica de traduzir o propósito da empresa focado no acompanhamento constante, a preocupação e o carinho com a saúde dos nossos assinantes’’, explica Bruno Carvalho, CEO da Healtech.
Com o propósito de democratizar a medicina de rotina para um público ainda muito dependente do SUS e que não pode arcar com um plano de saúde privado, a Kompa Saúde vai direcionar parte dos recursos em experiência para o paciente.
Para marcar esse momento, a startup lançou um aplicativo próprio, no qual os assinantes, além de contar com médicos e enfermeiros 24 horas por dia, agora também podem contar com a Karmen, a enfermeira virtual que já está em operação. A Inteligência Artificial realiza a triagem dos pacientes para que o corpo médico possa se dedicar ao atendimento mais humanizado possível.
“Não vamos desistir até que cada cidadão brasileiro tenha acesso a uma saúde de qualidade e digital na palma da sua mão. É nisso que a gente acredita’’, destaca Carvalho.
Saúde digital como a melhor e mais acessível opção à saúde de qualidade
O Brasil possui um Sistema Único de Saúde (SUS) desde 1988. Um levantamento da Agência Nacional de Saúde aponta que os planos de assistência médica privados atendem mais de 20% da população brasileira. Dentre as pessoas que possuem uma cobertura, a grande maioria desembolsa um valor bastante alto, o que não significa que estejam satisfeitas com a oferta dos produtos, e muito menos tendo acesso à qualidade nos serviços. Isso fica mais evidente quando o número de ações contra reajustes dos planos de saúde cresceu mais de 1.600% nos últimos 2 anos, segundo o estudo.
“Nem sempre pagar caro por um plano remete à qualidade. Nós oferecemos serviços de saúde que se adaptam às necessidades do nosso público, tornando a medicina de qualidade mais acessível para a população, oferecendo telemedicina e acompanhamento para um público que não tem condições de arcar com um plano de saúde privado”, reforça Carvalho.
E para aqueles que dependem apenas do sistema público, a situação ficou ainda mais crítica durante a pandemia. De acordo com o Conselho Nacional das Secretarias Municipais de Saúde, mais de 1 bilhão de procedimentos médicos não foram realizados pelo SUS desde março de 2020. Com isso, uma grande parcela da população tem buscado por alternativas.
Diante desse cenário, a telemedicina tem se apresentado como uma medida bastante viável. Um levantamento da Associação Brasileira de Planos de Saúde aponta que desde março de 2020, mais de 2,5 milhões de brasileiros buscaram o serviço. Um estudo recente aponta que 1 em cada 5 usuários de internet com mais de 16 anos já utilizaram serviços de telemedicina no Brasil, com predominância pelos usuários do SUS – que representam 63% deste total.
Foto de destaque: Bruno Carvalho – CEO da Kompa Saúde.
Quer acompanhar de perto todos os investimentos no ecossistema de startups? Siga as redes sociais Startupi e acesse nosso ranking de investimentos do mês.