No mundo pós-pandemia, a rapidez com que empresas conseguem entregar seus produtos aos clientes em suas casas se tornou essencial. Nessa cadeia logística complexa, a etapa “last-mile” é uma das mais importantes: se trata da última etapa, entre o centro de distribuição e as mãos do consumidor. Com o objetivo de oferecer mais eficiência nessa fase da entrega, surgiram os armários inteligentes da HandOver, logtech que oferece soluções de armazenamento inteligente para todos os setores do mercado.
Os lockers inteligentes são instalados perto de onde estão os clientes, dessa forma, eles permitem com que o entregador percorra distâncias menores, chegando mais rápido ao ponto final da entrega. Ou seja, menor custo, mais rapidez e mais sustentabilidade. A tecnologia aplicada nos armários envolve inteligência artificial, facilitando a vida das empresas no gerenciamento das entregas. A HandOver acaba de captar quase R$ 1 milhão através da EqSeed, uma das maiores plataforma de equity crowdfunding do País.
Com o aporte, a meta da HandOver, que se concentra no público B2B e tem como clientes Dafiti, BRF, UPS, Neodent e Aerosoft, é chegar a R$ 250 mil de faturamento mensal nos próximos 12 meses. Outro objetivo é incrementar as funcionalidades da plataforma e expandir as equipes de tecnologia, marketing e vendas.
Anthony Mc Courtney, sócio e diretor de relacionamento com investidores da EqSeed, projeta a HandOver em um cenário futuro próspero sob a perspectiva de aumento de demanda para tecnologias que trazem mais eficiência para cadeia de entrega “O mercado varejista está cada vez mais competitivo, rapidez e tecnologia na entrega são grandes diferenciais, então a HandOver está inserida em um segmento muito promissor”, declara.
O crescimento exponencial do e-commerce, mesmo na crise, é também um fator preponderante, especialmente para Nelson Sauer, fundador e CEO da HandOver. “Multiplicamos em 34 vezes o nosso faturamento durante a pandemia. Esse é um indicador expressivo do nosso crescimento”, endossa. A contrapartida é que os lockers proporcionam segurança, pois evitam expor ambas as partes ao contato físico na entrega, enquanto mantêm a agilidade.
Além disso, a solução da empresa possibilita a utilização de modais de curtas distâncias, como bicicletas e veículos elétricos, alternativas menos poluentes, e que contribuem para a redução dos impactos ambientais provocados pelo setor de transportes, um dos principais responsáveis pela alta emissão de CO2. Um estudo realizado pela agência de pesquisa norte-americana Union + Webster, divulgado recentemente pela Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep), apontou que 87% da população brasileira prefere comprar produtos e serviços de empresas sustentáveis. “Startups que estejam alinhadas à práticas e agenda ESG têm atraído cada vez mais a atenção de investidores”, complementa Mc Courtney.
Recentemente, a HandOver foi premiada como uma das 10 startups mais promissoras da categoria mobilidade, no Ranking 100 Open Startups 2021 Brasil, promovido pela Associação Brasileira de Logística (Abralog). A HandOver disputou o pódio com outras 1.262 startups.
Como funciona a HandOver?
Tradicionalmente, quando alguém compra determinado produto em um site, a mercadoria é enviada a um centro de distribuição (CD) que, por meio de um sistema organizado de redistribuição, envia-o para o cliente por meio de transporte rodoviário. Essa operação é chamada de transit point.
A HandOver, por sua vez, descentraliza esse processo de entrega da seguinte maneira: dentro do sistema de entrega, as encomendas são levadas do CD aos armários. Ou seja, os lockers inteligentes funcionam como micro centros de distribuição.
Como eles estão situados estrategicamente entre o CD do e-commerce e a residência dos consumidores, as encomendas são transportadas por colaboradores de bicicleta, patinete, motocicleta ou até mesmo a pé até ao cliente final, economizando, assim, o valor do frete, otimizando o tempo da entrega e tornando a etapa mais sustentável do ponto de vista ecológico.
* Foto em destaque: equipe da HandOver. da esquerda para a direita, CFO, Alexandre Tavares, Mauricio Lucas, Suelen Martins e o CEO, Nelson Sauer.
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