A Anthor, denominada como ‘aplicativo de mão de obra flexível’, finalizou uma captação de R$ 7 milhões que contou com a participação da Involves, ZFM, CWB Angels, além de Amancio Sampaio, CHP e Monte Carmelo. Esse é o primeiro aporte recebido pela startup após o investimento-anjo.
“Estamos em uma ascensão constante, surgimos no mercado há pouco tempo e já captamos R$ 10 milhões, isso é sinal de que nosso trabalho tem muito a contribuir para o setor varejista e demais áreas da sociedade”, explica Guido Jackson, CEO da Anthor.
Dentre os investidores, a Goodz Capital também participou ativamente da rodada e contribuiu para a concretização do negócio. As negociações antes do anúncio duraram cerca de seis meses.
“Aderimos à primeira rodada de investimento do Anthor entendendo que esse modelo de economia colaborativa seria uma tendência no mercado de varejo e industrial. Acompanhamos de perto o crescimento e amadurecimento da empresa. Acreditamos que é um modelo de negócio com forte apelo social e de governança estabelecido, valores que são de grande importância para a Goodz”, comenta Dongley Martisn, CEO do fundo Goodz Capital.
Além do Paraná, a Anthor está presente em Santa Catarina e em São Paulo. Agora, a startup pretende usar parte do aporte recebido para ampliação geográfica de sua atuação e investir também em tecnologia. A empresa pretende chegar até o final deste ano, nas principais regiões metropolitanas do País.
A startup nasceu para auxiliar as redes varejistas a resolverem o problema de abastecimento em suas gôndolas. Com sistema semelhante ao adotado por empresas de aplicativos de transporte, os Anthors, como são denominados os usuários que prestam serviços pela plataforma Anthor, encontram no celular, demandas de estabelecimentos próximos que precisam de reposição de produtos, as chamadas missões. O indivíduo vai até o local e recebe por atividade realizada. Por trabalhar com geolocalização, os anthors, atuam nas redondezas de onde se encontram.
Hoje, a startup realiza muito mais do que apenas a reposição de produtos nas prateleiras. Os usuários da plataforma podem realizar pesquisa de mercado, nas quais a pessoa informa os preços dos produtos que lhe forem pedidos, fazem auditoria de ponto de venda (pdv), na qual são checados o cumprimento de planogramas, que nada mais é que o posicionamento de determinado produto na loja no local onde foi acordado, e picking, que é a separação de produtos feitos para o e-commerce ou delivery. O acréscimo de novos tipos de missões aumenta as opções de atividades dos Anthors, amplia o leque de soluções para os clientes e abre novas oportunidades para quem precisa.
“Surgimos como um serviço de reposição inteligente, mas notamos que era possível fazer mais. Por isso somos um marketplace de mão de obra flexível, na qual o varejo utiliza quando necessário e para diferentes atividades. Além de resolver um problema para o setor, possibilitamos renda extra para quem precisa, uma inclusão social de quem está à margem do mercado de trabalho”, diz Jackson.
Como funciona
Quem deseja se tornar um Anthor deve instalar o aplicativo, disponível para Android, enviar a documentação, comprar uma camiseta necessária para identificação, no valor de R$ 35,90 mais o frete, e realizar um curso EAD de 25 minutos no próprio app. Após esses procedimentos, o usuário já pode consultar no celular as missões nos estabelecimentos mais próximos.
Ao chegar ao local, o prestador do serviço, que se apresenta devidamente identificado pela camiseta e aplicativo, escaneia um QR Code para dar início à missão. Os valores pagos referentes às missões realizadas são somados à conta do usuário ao término ele fica livre para realizar novas atividades.
“O varejo pode acompanhar de modo inteligente quando será necessário realizar novas missões, e as indústrias podem gerenciar a distribuição e abastecimento de seus produtos em toda a nossa área de atuação”, finaliza Jackson.
Foto de destaque: Guido Jackson, CEO da Anthor.
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