A VOLL plataforma digital de mobilidade corporativa, anunciou a compra da BTM, uma das maiores agências de viagens corporativas do Brasil, fundada em 2008, em Belo Horizonte. Com a aquisição, a VOLL dá um salto em sua estratégia de expansão e aceleração da transformação digital no setor. O valor da operação não foi divulgado por motivos contratuais. Com a operação, a previsão é que o faturamento atinja R$1 bilhão em 2023.
No ano passado, a VOLL recebeu aporte de R$4 milhões em uma rodada de investimento com a Wayra e a Iporanga Ventures.
Com a aquisição da BTM, a VOLL passa a contar com 180 funcionários e uma carteira de clientes com mais de 300 empresas, de diversos segmentos de negócio e localidades. Entre elas, Andrade Gutierrez, Estácio/YDUQS, Localiza, Fundação Dom Cabral, Afya, Banco BMG, BS2, Grupo Águia Branca, VIX Logística, AlmavivA do Brasil, Grupo SADA e Solinftec. Neste ano, a operação combinada deve ultrapassar a marca de 2 milhões de viagens realizadas, o triplo realizado pela VOLL no ano passado.
“Quando pensamos na digitalização das viagens a trabalho, faz todo sentido para a estratégia da VOLL contar com toda a história e estrutura da BTM, sua expertise do atendimento 24/7 e relação com companhias aéreas e cadeia de fornecedores. Tudo isso é antecipado, agora, de forma exponencial para o nosso negócio”, afirma Luciano Brandão, CEO da VOLL.
Com clientes como o Banco Itaú, Vivo/Telefônica, McDonald ‘s, PepsiCo, Sodexo, BR, Heineken e Cargill, durante a pandemia a VOLL viu o seu número de usuários dobrar, superando a marca dos 200 mil. O faturamento da empresa registrou expansão de 45% em 2020 em comparação com o ano anterior; o número de funcionários passou de 20 para cerca de 110, localizados em São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Florianópolis, João Pessoa e outras 15 cidades no Brasil.
Em novembro de 2020, a VOLL lançou seu pioneiro one-stop shop de mobilidade e viagens corporativas, ampliando as possibilidades de sua plataforma que digitaliza e integra toda a jornada do funcionário fora da empresa — da reserva ao pagamento — algo inédito no mercado global.
Já a BTM é uma agência de viagens corporativas, com 13 anos de mercado, que oferece serviços de operação, gestão e consultoria em viagens a trabalho para pequenas, médias e grandes empresas. A BTM tem uma carteira de clientes mista, com cerca de 120 empresas de diversos segmentos de negócio, especialidades e localidades. Nos últimos dois anos, a empresa faturou uma média de R$200 milhões.
Para o CEO da VOLL, todo o mercado de turismo sofreu bastante com o avanço da pandemia. “O mercado de turismo é um dos que mais sofreu durante a pandemia, mas ao mesmo tempo surgem oportunidades como estas. Aqui na VOLL, estamos sempre atentos com as oportunidades. Apesar das dificuldades, dobramos nosso faturamento em 2020, saímos de 20 pessoas no time para mais de 100 atualmente. Já fizemos nos primeiros três meses deste ano 50% do faturamento do ano passado, ou seja, estamos firmes para, novamente, dobrar a empresa de tamanho, mesmo no auge da pandemia”, afirma Luciano Brandão, que prevê um faturamento de R$ 1 bilhão em 2023.
“A aquisição da BTM pela VOLL reforça a estratégia de crescimento acelerado da empresa e está em linha com nossa tese na Wayra de investir em startups mais maduras e escaláveis que tenham sinergia às áreas prioritárias de negócios da Vivo, como soluções mobile que alavancam a transformação digital. A VOLL tem feito isso de uma forma positiva e proporciona uma melhor experiência ao usuário, além de auxiliar na gestão dos serviços na área de transportes e viagens corporativas, gerando oportunidades de negócios e inovação em conjunto”, afirma Livia Brando, Country Manager da Wayra Brasil, hub de inovação aberta da Vivo no Brasil e da Telefónica no mundo.
Para Renato Valente, sócio da gestora de venture capital Iporanga, a VOLL se mostrou resiliente e superou os desafios trazidos pela pandemia. “A VOLL resolve a vida do gestor de viagem e também do gestor de logística de empresas de diferentes áreas e tamanhos. Quando viram a queda no número de viagens, enxergaram o crescimento no uso das empresas de serviços essenciais, que trocaram o transporte público de seus funcionários por deslocamentos em Uber e táxis, entre outros serviços, e a empresa continuou crescendo. Isso mostra a capacidade de execução dos empreendedores, que podem avançar em frentes diferentes”, avaliou.
* Foto de destaque: Luciano Brandão, CEO da VOLL.
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