A Flapper, empresa de aviação privada sob demanda da América Latina, recebeu um investimento de US$ 2 milhões Série A, liderado pelo fundo com foco aeroespacial Confrapar. Também participaram da rodada a plataforma de crowdfunding SMU e um grupo de investidores anjo, Investidores.VC.
Além desses, investidores estrangeiros e locais, incluindo três empresas de táxi aéreo não reveladas, também participaram da rodada. A empresa já arrecadou anteriormente US$ 1 milhão, liderados pela Confrapar e ACE. Em novembro do ano passado, anunciou a captação de R$ 2,5 milhões também via equity crowdfunding.
De acordo com Paul Malicki, CEO da Flapper, o capital será usado principalmente para promover a expansão internacional da empresa na América Latina. “Provamos que o modelo de negócio baseado em voos charter sob demanda e compartilhamento de assentos, não só é escalável, mas também altamente lucrativo. Portanto, consideramos nossa Série A puramente para capital de crescimento, que pretendemos usar para replicar o sucesso de nossas operações brasileiras em outras partes da região, enquanto continuamos a desenvolver nosso produto principal e novas soluções para operadores de táxi aéreo”, disse Paul.
Kadu Guillaume, sócio-gerente da Confrapar e membro do conselho da Flapper, observou que a pandemia mudou fundamentalmente o setor de viagens e a Flapper está bem posicionada para democratizar ainda mais o acesso aos serviços de aviação executiva. “Vimos uma série de tecnologias disruptivas – incluindo eVTOL, aeronaves híbridas-elétricas e interfaces de compartilhamento de voo – chegando mais perto da maturidade técnica e está claro que nos próximos cinco anos iremos experimentar uma mudança fundamental na forma como a mobilidade aérea está sendo consumida”, falou o executivo, lembrando que a Confrapar já havia investido na fornecedora de armazenamento de energia Unicoba e na empresa de UAV xmobots.
Em 2020, a Flapper aumentou sua receita anual em 100%, atingindo 250.000 usuários de aplicativos móveis no final de janeiro de 2021. A empresa acumula até agora mais de 550 aeronaves com segurança avaliada em sua plataforma de fretamento e aproximadamente 55% da frota charter disponível na América Latina. É estimado que o tamanho do mercado de fretamento da América Latina seja o equivalente a pelo menos US$ 2 bilhões, dividido principalmente entre Brasil e México.
Hoje, o Brasil possui uma rede de 2.457 aeroportos, dos quais cerca de 120 estão conectados pela aviação comercial. O país é considerado o segundo maior mercado de aviação executiva do mundo – atrás apenas dos Estados Unidos. A falta de tecnologia para o consumidor e de uma estratégia eficiente de distribuição de assentos resulta em um setor subutilizado, onde apenas 22% dos voos são comercializados por empresas de táxi aéreo, segundo a Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC).
A própria pesquisa de Flapper demonstra que o Brasil tem mais de 400.000 clientes potenciais para fretamentos e 2,7 milhões de futuros compradores de pagamento por assento. O México, terceiro maior mercado mundial de aviação executiva, ultrapassou recentemente o Brasil em número de jatos particulares, mas está atrás em turbo-hélices e helicópteros.
Quer acompanhar de perto todos os investimentos no ecossistema de startups? Siga as redes sociais Startupi e acesse nosso ranking de investimentos do mês.