O Santander anunciou hoje a conclusão da aquisição de 50,1% das ações da Ebury, plataforma internacional de pagamentos, câmbio e gestão de fluxo de caixa, após receber as necessárias autorizações das autoridades regulatórias. A transação foi anunciada em novembro de 2019 e é parte da estratégia digital do Banco, ao oferecer às pequenas e médias empresas as ferramentas necessárias para sua expansão internacional, por meio de serviços globais de trade finance.
Com sede no Reino Unido, a Ebury já opera em 17 países e com 140 diferentes moedas, e desde 2017 tem ampliado suas receitas em uma média de 50% ao ano nos últimos três anos. Em 2019, o faturamento cresceu 60%, com serviços prestados a 43 mil clientes ativos. A expectativa para o ano fiscal de 2020, que se encerra em abril, é que esse ritmo e expansão seja mantido. Com o apoio de um grupo internacional como o Santander, a empresa será capaz de ampliar seus negócios para outros mercados na América Latina e na Ásia.
O Santander investiu 350 milhões de libras esterlinas (cerca de 400 milhões de euros) na operação. Desse montante, 70 milhões de libras foram utilizados para reforçar a estrutura da companhia e sustentar sua expansão internacional. O acordo dá à Ebury o acesso à rede internacional do Santander. O Banco já apoia mais de quatro milhões de PMEs em todo o mundo, das quais mais de 200 mil têm operações internacionais. Esta carteira de clientes poderá se somar à atual base da Ebury, que inclui empresas de menor porte, além de abrir espaço para parcerias em setores além do financeiro.
Sérgio Rial, presidente do Santander Brasil e agora também presidente do Conselho da Ebury, afirma que “o investimento na companhia é um marco significativo para o Banco, permitindo-nos ampliar nosso potencial de atuação em um mercado vibrante e com grande horizonte de crescimento”. “Esta aquisição nos apresenta a possibilidade de expandir nossa área de Global Trade Services com uma plataforma que representa uma nova categoria global e com a qual esperamos obter um retorno expressivo nos próximos anos.”
Juan Lobato e Salvador Garcia, cofundadores da Ebury, contam que “em pouco mais de dez anos, a Ebury evoluiu de uma pequena fintech para um negócio que emprega mais de mil profissionais”. “Agora, graças ao apoio do Santander, seremos capazes de expandir as atividades internacionalmente ainda mais e ingressar em novos mercados.”
Por meio de sua divisão Global Trade Services, o Santander permite que pequenas e médias empresas acessem mercados internacionais com o uso de serviços de trade finance, pagamentos a fornecedores, pagamentos em geral e câmbio. Com uma receita total de US$ 200 milhões, a meta da plataforma global do Banco é ser líder em negócios internacionais para PMEs na Europa e na América Latina, além de expandir as atividades para outros 20 mercados no médio prazo. Em sequência ao aval para a aquisição do controle da Ebury, o Santander enviará ao Banco Central do Brasil o pedido de autorização para o início das operações no País.