* Por Thales Calmon
Perder profissionais talentosos, dedicados e conectados com a empresa é uma das maiores dores de qualquer gestor. A alta rotatividade de colaboradores pode gerar desconexão e desmotivação em outras áreas, interromper processos que antes eram bem estruturados, além de gerar gastos para cumprir etapas de recrutamento e contratação.
Obviamente, a remuneração é um ponto importante na carreira de qualquer pessoa. Ter um salário alinhado às expectativas, porém, deixou de ser garantia de retenção de talentos. Um exemplo foi o fenômeno da ‘Grande Resignação’, que atingiu os Estados Unidos em 2021 e começou a dar sinais no Brasil, segundo reportagem publicada pela revista Você S/A.
Milhares de pessoas têm optado por deixar suas posições – mesmo sem um novo emprego – ao não se adaptarem à cultura e às rotinas impostas por muitas companhias.
Esse movimento coloca a cultura corporativa novamente no centro do debate. Ainda que não seja uma novidade, sua importância talvez tenha se tornado mais evidente para muitos executivos nos últimos anos de pandemia. Se a sociedade evolui e se transforma continuamente, por qual razão os formatos de trabalho, benefícios, cuidados com a saúde e desenvolvimento dos profissionais se manteriam os mesmos?
É preciso ir além das palavras e desenvolver mecanismos para colocar as pessoas no foco das iniciativas, com noções de equidade, pertencimento, valorização e engajamento vivenciadas na prática. Uma cultura corporativa atual é também uma construção permanente, que leva tempo, conquistada através de treinamento, pesquisa e um processo de recrutamento alinhado, criando identificação com o propósito da empresa.
Segundo o relatório ‘Tendências globais de talentos 2022’, publicado pelo LinkedIn, o equilíbrio entre vida profissional e pessoal supera o equilíbrio financeiro em candidatos à procura de emprego. “Para atrair, reter e desenvolver os talentos adequados, as empresas precisarão ajustar (ou reinventar) suas culturas para atender às expectativas dos profissionais, que buscam um tratamento ainda mais humano”, diz o estudo.
Uma cultura corporativa orientada para a colaboração entre indivíduos e setores, democrática, com jornadas que coloquem a saúde e bem-estar dos colaboradores como prioridade é mais que necessária. Entender também as novas necessidades que surgirão nos próximos anos será vital para reter os talentos e manter o sucesso dos negócios. Mais do que em qualquer outro período, adaptação e flexibilidade são palavras-chave.
Por fim, vale destacar a importância do papel dos líderes na comunicação e disseminação da cultura corporativa. É preciso dedicar tempo para criar conexões reais, abrindo canais para colher feedbacks, entendendo junto aos colaboradores o que pode ser ajustado. Trabalhar em um cenário no qual as pessoas sintam-se acolhidas e responsáveis pelo sucesso da empresa, enxergando a importância de cada peça, é a rota mais segura para reter os talentos.
Thales tem um perfil empreendedor nato e ajuda empresas a se reinventarem fazendo o melhor uso das tecnologias de marketing, desenvolvendo o que existe de melhor nas soluções atuais de mercado. Com mais de 25 anos dedicados à área de tecnologia, ele é um “incomodado”, de raciocínio lógico muito preciso, que encontra soluções inovadoras para todos os novos desafios. Para ele, desenvolver múltiplos ecossistemas de inovação é o mais importante para promover experiências únicas para todos.