* Por Mônica Valverde
Quando falamos de manutenção do bem-estar dos colaboradores e a garantia de maior satisfação com o trabalho, estamos nos referindo à famosa cultura organizacional. Na teoria, nada mais é que a essência da empresa, ou seja, refere-se ao conjunto de hábitos e valores que um grupo de pessoas que ali estão compartilhando. Mas e na prática?
Para entender, costumo fazer alguns questionamentos. Pelo seu time do coração você faria qualquer coisa? Pela sua família você faria qualquer coisa? Pela sua banda favorita você viajaria por horas, ficaria sem dormir? Pois é, se você respondeu sim para alguma das situações, saiba que isso também pode acontecer em nossa vida profissional quando aliado a uma cultura organizacional forte e consolidada. Quando acontece, viramos fãs da empresa em que trabalhamos, nos transformando no tão sonhado “amante das segundas-feiras”. Ou seja, um ambiente corporativo com colaboradores engajados e que se comunicam abertamente.
De certa forma, um dos propósitos da cultura é guiar as atitudes, manter os colaboradores alinhados com os objetivos e promover valores em comum. Eu costumo usar uma frase que traz exatamente isso: “Para as pessoas, caráter é destino. Para as organizações, cultura é destino — Tony Hsieh, Delivering Happiness”. Todo esse movimento, permite que a cultura também cause um senso de pertencimento entre colaboradores e a empresa.
Mais do que um diferencial, ter uma cultura organizacional forte e consolidada é uma necessidade para que uma empresa tenha sucesso em sua trajetória. As corporações que buscam motivar seus colaboradores, marcar presença no mercado e se diferenciar dos concorrentes, desenvolvem um ambiente mais saudável e, ao mesmo tempo, um espaço mais produtivo, uma vez que o time deixa de se preocupar com questões externas e passa a dedicar suas ações e energias para as tarefas a serem desenvolvidas. A cultura organizacional é o lado humano da empresa que engloba todos os valores compartilhados pelos colaboradores, tornando a empresa única em meio ao mar extenso de outras organizações no mercado.
O papel principal da cultura organizacional é estruturar processos e norteá-los pelos valores, objetivos e crenças compartilhadas. Em suma, é o reflexo da ética e da moral que a empresa possui e se apresenta como orientadora de forma natural dos caminhos a serem seguidos. É através dela que se guia as decisões e prepara a empresa para o futuro, gerando influência na satisfação dos colaboradores e dos clientes, tornando eles o centro das decisões
Quando falamos em novas contratações, a cultura organizacional funciona como a personalidade na empresa, carregando seus valores, visão de negócio e a forma de realizar as tarefas. Dessa forma, para contratar a pessoa certa, para o lugar certo é importante contar com bons candidatos e uma cultura sólida que tenha um grande impacto na marca empregadora, o que significa ter uma excelente atração de novos potenciais talentos devidamente alinhados com os objetivos e estratégias da organização.
Na empresa em que atuo, a cultura é a base dos processos de seleções. Utilizamos de forma estratégica, para gerar grandes impactos positivos em nosso fit cultural, tornando contratações em um relacionamento duradouro, além de possibilitar a retenção dos profissionais de forma eficaz e ajudar na integração de equipes, sendo fundamental para o processo de recrutamento.
De maneira geral, a essência da empresa é o seu centro, sua base e é lá que está sua cultura. É como nos expressamos, na maneira como fazemos nossos negócios, como tratamos nossos clientes e funcionários, na maneira que falamos e em nossas rotinas e ações, sendo o conjunto real de hábitos e crenças que são liberados automaticamente através dos membros que refletem a identidade da organização dia a dia.
*Mônica Valverde é Head de Gente e Cultura na Sciensa, possui mais de 14 anos de experiência profissional com pós-graduação Gestão de Pessoas, e Especialização em Análise do Comportamento e nesta jornada com pessoas.