A Purple Metrics, startup de mensuração recorrente de branding, finalizou uma rodada pré-seed liderada pela Astella e seguida pelos fundos 040 Ventures e Raio Capital. A captação, no valor de US$ 1,2 milhão, vai privilegiar o desenvolvimento do produto e a contratação de pessoas.
A Purple Metrics surgiu de uma dor histórica – a de medir resultados de ações de marca e comunicação. Guta Tolmasquim, fundadora e CEO da startup, já havia fundado a Brand Gym, agência de branding para empresas de tecnologia, e notado que as poucas formas de mensuração ainda eram muito tradicionais e não se encaixavam no contexto atual, em que áreas de marketing precisam de dados precisos e em tempo real para tomar decisões. Investimentos em marca acabavam sendo redirecionados a iniciativas de geração de demanda e mídia paga, apenas pela facilidade de mensuração, uma estratégia que se torna cada vez mais cara para as empresas e não cuida de suas audiências em médio e longo prazos.
Foi então que Guta decidiu empreender e criar uma fórmula que realmente desse aos decisores de marketing informações sobre a construção da sua marca. Em parceria com seu irmão Eduardo Tolmasquim, fundou a Purple Metrics em maio de 2021 e já no final do ano contava com investidores-anjo estratégicos, referências globais nas áreas de marketing e tecnologia, que ajudaram a criar o MVP e a validação de sua tese. Entre os investidores, estão nomes como Tiago Lafer, Gina Gotthilf, Monique Evelle, Duda Gouvêa Vieira, Pedro Sirotsky, Isa Ventura e Roberto Grossman. Em 2022, Lucas Yokota juntou-se à startup como COO, trazendo sua experiência de mais de 10 anos em big techs e startups e hoje os três executivos formam a equipe de liderança.
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Durante os dois primeiros anos, a Purple Metrics trabalhou próxima a seus clientes entendendo as suas necessidades, coletando feedbacks e estudando possíveis integrações. Fazem parte do grupo dos “early adopters” empresas como Blip, Conta Azul, Daki, Nuvemshop e RD Station. Agora, com a primeira rodada institucional, a Purple Metrics estará pronta para implementar todas as melhorias e extensões de produto.
“A dor de medir branding é gigante. É uma loucura pensar que, em 2023, não se sabe no que resulta mais de metade do budget de marketing. As equipes gastam horas em reuniões internas e discussões baseadas em achismos. É essencial que o marketing seja mais científico e vamos fazer isso com o Purple Metrics”, afirma Guta.
O fato da startup ter conseguido transformar essa necessidade do mercado em um produto SaaS B2B chamou a atenção dos investidores.”O marketing digital permitiu que um grande número de empresas se tornasse anunciante e contasse com ótimas ferramentas de medição de anúncios, porém as áreas de branding e comunicação ficaram presas a ferramentas antigas que atendem apenas grandes orçamentos de marketing. O que a Purple Metrics está fazendo é uma grande democratização de instrumentos de branding”, afirma Daniel Chalfon, sócio da Astella.
Próximos passos da Purple Metrics
Neste momento o grande foco da Purple Metrics é o mercado brasileiro, mas um de seus diferenciais é já ter nascido como uma empresa preparada para a expansão internacional. Guta entende que a dor da mensuração de branding é uma dor global e que o Brasil está bem posicionado para exportar suas soluções para o mundo.
“O Brasil é hoje referência no mundo do marketing e da comunicação. Somos sempre destaque em Cannes, inúmeras empresas globais têm lideranças brasileiras em marketing e nosso produto tem a capacidade de ser referência global nesse setor”, diz a CEO.
Clientes brasileiros com operações globais já estão testando o software em outros países, como Argentina, México e Portugal.
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