* Por Marian Canteiro
Quando pensamos em startup, logo nos vem à cabeça um produto inovador, e revolucionário, o que nos faz pensar de forma automática, que quem está à frente de toda a ideia, é um profissional de TI.
Outro paradigma, é que para ser inovadora, temos que criar algo inimaginável, com foco em software. Mas, a realidade é que podemos inovar em qualquer área da empresa e de nossas vidas.
Com certeza empresas e profissionais inovadores se destacam no mercado e contribuem para um ecossistema mais competitivo e consequentemente movimentam a economia do país e do mundo. E nem sempre para inovar você precisa ser de TI.
As mulheres chegam nas empresas favorecendo um perfil multidisciplinar, que facilita bastante para que o ambiente inovador aconteça. Elas conseguem gerenciar conflitos e usam da criatividade como arma para o seu dia a dia, que muitas vezes é desafiado por ambientes com predominância masculina.
Que mulher nunca precisou ser criativa para sair de uma saia justa ou para resolver algum problema entre áreas? E muitas delas sem saber já estão inovando!
Entre outras características importantes, as principais soft skills necessárias, que contribuem para uma pessoa ser inovadora, podemos citar: criatividade, flexibilidade, empatia, maior capacidade de gerenciamento interpessoal, levando o ambiente a um clima mais leve e aberto à construção de novas ideias.
Mas, afinal, o que preciso ter e saber para inovar?
Bom, para responder a esta pergunta, já posso de imediato dizer que você precisa saber ouvir, usando a habilidade de empatia, seja com cliente, com sua equipe ou colegas de trabalho. Vou contar rapidamente a minha experiência com a inovação, para explicar melhor.
No meu dia a dia na área comercial de uma empresa de tecnologia, identifiquei a dor de alguns clientes, e idealizei um produto financeiro a partir de um serviço prestado. Garantindo assim, a escalabilidade do sistema e consequentemente da empresa.
Muito trabalho aliado a pesquisa de mercado e com uma boa dose de criatividade trouxeram a inovação como consequência. Também precisei contar com muita resiliência que já fazia parte da minha rotina, mas com certeza, tive que aumentar a dose para que o sucesso chegasse.
Pensar em soluções, em novas funções para um produto são exemplos de inovação, mas podemos citar formas de inovar em algum processo da empresa, em gestão de pessoas e até em uma negociação comercial, e isso facilitará a vida do seu cliente final ou do seu cliente interno, contribuindo para um ecossistema mais competitivo e útil.
Outro segredo é sempre questionar. Saiba fazer as perguntas certas, para encontrar as respostas que te levarão aos resultados. E por fim, não tenha medo de errar! Erros são importantes, pois é através deles que você conseguirá ter os dados assertivos para encontrar as vias que te conduzirão ao sucesso.
Conheça seus diferenciais e use suas habilidades
Lembre-se das soft skills, que falamos lá no começo do nosso artigo, e aqui ainda acrescento mais duas, pensamento crítico e resiliência, não tente mudar suas maiores qualidades para “caber em pequenas caixas”. Inove no seu trabalho, no seu empreendimento, na sua vida pessoal. Grandes produtos de hoje surgiram de ideias simples e às vezes até comuns, que só quem tem empatia, sensibilidade e visão estratégica conseguiu notar.
Marian Canteiro é cofundadora do Banco Útil, startup membro do Cubo Itaú, natural de São Bernardo do Campo – SP, possui formação em Comunicação Mercadológica pela Universidade Metodista de São Paulo, e tem 36 anos de idade, mãe da Laura e do Eduardo. Atua há mais de 12 anos na área comercial de empresas do segmento fiscal, gerindo grandes contas. Em 2018 assumiu a diretoria comercial e de marketing, da Flux-it, e foi a idealizadora do Banco Útil, fintech que desenvolveu a solução capaz de centralizar o pagamento de todas as guias tributárias e contas em uma única carteira digital.