* Por Cristovão Wanderley
Por mais que muitas pessoas ainda acreditem que a linguagem de programação seja algo voltado para a tecnologia e quase intocável, a realidade é bem diferente. Aprender a criar, adaptar e corrigir sistemas está ao alcance de todos, pelo menos o básico. E deveríamos aproveitar essa oportunidade.
Advogados, CEOs, consultores, médicos, vendedores, profissionais de marketing… todo mundo pode aprender a programar. É como disse Steve Jobs, em 2013, quando soltou mais uma de suas frases célebres que entraram para a história:
“Todo mundo deveria aprender a programar um computador, porque isso ensina você a pensar”.
Se a gente parar para pensar, ela faz ainda mais sentido nos dias de hoje. Linguagem de programação é sobre humanidade e para melhorar a vida das pessoas. O primeiro contato que eu tive com ela foi entre 1986 e 1987. Desde então, minha percepção é que essa linguagem sempre foi um vetor de entrega de solução.
E não tem nada a ver com a linguagem, viu? Independente se é de Python, PHP, Java, JavaScript, Go, C e C++, a base de todo esse aprendizado está na lógica e sem ela não chegamos a lugar algum. Através dela aprendemos a pensar de um jeito diferente, exercitando outras áreas do cérebro, além das que estamos mais acostumados a usar no dia a dia.
O mais incrível é que muitas pessoas não fazem ideia de que aprender linguagem de programação pode trazer benefícios tanto para a vida pessoal quanto profissional; o que pode dar a você uma boa vantagem no mercado de trabalho.
O que a linguagem de programação ensina?
Organização, atenção aos detalhes, persistência, resiliência, criatividade e reforço ao aprendizado contínuo. Todos esses benefícios vêm à medida que você desenvolve sua habilidade de programar. E quem diz isso não sou só eu, tá?
Veja um vídeo publicado pela Code.org, em que Bill Gates (Microsoft), Mark Zuckerberg (Meta), Ruchi Sanghvi (Dropbox) e até will.i.am falam sobre o tema. O vídeo traz um depoimento bem legal sobre a importância de aprender a linguagem de programação e como ela mudou a vida das pessoas.
Como esse conhecimento pode ser usado na prática?
Além das soft skills, citadas anteriormente e requisitadas pelo mercado de trabalho, saber ao menos o básico de linguagem de programação pode ajudar bastante na hora de encomendar um site, um app ou um software a um fornecedor especialista no assunto.
Quando você tem algum domínio sobre o tema, fica muito mais fácil de acompanhar o trabalho, analisar criticamente o que foi entregue e ver se o tempo previsto para o desenvolvimento é o ideal. Por outro lado, quando não se conhece nada sobre o assunto, tanto a empresa quanto o projeto ficam nas mãos do programador, o que pode ser arriscado.
Vou falar uma coisa: a sensação de criar o primeiro código e ver que ele funciona é incrível. Acho que é o mais perto que uma pessoa pode chegar de ter um superpoder ou usar a Força, como diriam os Jedis.
Resumindo, aprender linguagens de programação é ser um profissional mais completo.
Aliás, se fosse possível extrair o melhor de diferentes linguagens de programação para criar o profissional ideal, o resultado seria alguém que:
Inova como o Java,
Simplifica como a Linguagem C,
É versátil e aberto à novas possibilidades como o Python,
Comunica e interage como o JavaScript,
É lembrado como a PHP e
É produtivo como o Go.
Brincadeiras à parte, a linguagem da programação faz parte da minha vida há 25 anos. Ela não só me ajudou a evoluir profissionalmente, como também a implementar processos dentro da Stratlab que facilitam a organização do dia a dia.
E você, está pensando em começar a programar também? Se quiser saber mais sobre o assunto, vamos conversar. Uma das coisas mais legais para um apaixonado em tecnologia é justamente falar sobre ela!
Cristovão Wanderley é responsável por inovação, estudo de tendências de tecnologia e adoção de novas ferramentas, além de desenvolver estratégias de negócio por meio do marketing digital na Stratlab Inteligência Digital. Faz a análise de dados dos clientes e seus concorrentes, transformando essas informações em ações que resultam em aumento de ROI, receita e geração de leads. Formado em Design Gráfico pela Fundação Armando Álvares Penteado (FAAP) e com especialização em MKT, Comunicação, Gestão de Mídias Sociais, DMB, Digital Transformation & Big Data – todos pela ESPM.