A Plugify, startup brasileira de Hardware as a Service – HaaS especializada em aluguel de equipamentos de TI para empresas, entre desktops, notebooks e smartphones, concluiu uma emissão de debêntures no valor de R$ 32,6 milhões. Os recursos levantados com a operação serão utilizados na ampliação dos parques de TI de clientes atuais e novos em atendimento à crescente demanda e permitirão à companhia seguir crescendo mais de 10% ao mês.
A rodada foi oversubscribed em mais de R$ 2,6 milhões, isto é, atraiu mais investimentos do que o prospecto inicial, e contou com a participação dos principais assets e fundos de crédito do Brasil, entre eles a Angá e a Augme. O reinvestimento foi realizado pela Jera Capital. A Plugify tem o objetivo de facilitar o acesso de PMEs e startups a equipamentos de TI de última geração. Hoje o Brasil possui mais de 7,5 milhões de PMEs, segundo o Sebrae, além de 13,7 mil startups, conforme a Abstartups – Associação Brasileira de Startups, o que demonstra o imenso potencial de mercado.
Em 2020, a startup já havia captado R$ 10 milhões por meio da emissão de debêntures em operação coordenada pela Jera Capital. Os papéis haviam sido planejados para utilização por 18 meses, mas se esgotaram em apenas 12 meses devido ao crescimento acima do esperado. Segundo Alexandre Gotthilf, fundador e CEO da Plugify, a alta na demanda é impulsionada “pelo momento de expansão do home office, em que as empresas precisam de parceiros para gerenciar os negócios a distância, inclusive de logística, para que sejam tão produtivos como eram nos escritórios”.
O executivo aponta que a pandemia acentuou a tendência mundial de migração do modelo de negócios asset-heavy, com grande uso de ativos próprios, para o modelo asset-light, em que as empresas têm mais interesse em acessar todos os recursos necessários para a operação do que em, propriamente, serem proprietárias desses bens. “Enquanto o modelo asset-heavy tira dinheiro da operação, o asset-light ajuda a companhia a crescer mais rapidamente e se adaptar de forma ágil às mudanças do mercado ao mesmo tempo em que se torna mais sustentável”, compara.
A expectativa da Plugify é positiva para o pós-pandemia. “Muitas empresas devem permanecer em sistema misto, com home-office sendo opção, mas mesmo as empresas mais tradicionais que voltem totalmente as operações para o físico poderão perceber que alugar é melhor do que comprar”, ressalta Gotthilf. Nos Estados Unidos, 80% das empresas já alugam seus equipamentos de TI, enquanto no Brasil o serviço contempla apenas 10%, segundo a IDC – International Data Corporation.
Atualmente, a startup atende empresas de todos os perfis e tamanhos com milhares de dispositivos alocados buscando auxiliar os clientes na implementação da infraestrutura de TI necessária para garantir a produtividade dos negócios. Por meio de assinaturas, disponibiliza equipamentos com tecnologia de última geração, sempre atualizados, que já incluem os softwares necessários para operação imediata por parte dos colaboradores em home office, além de ferramentas de dashboards, controles e planejamentos, que dão mais suporte para o desenvolvimento dos trabalhos.
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